Horas antes da votação no plenário da Organização das Nações Unidas (ONU), Moscou anunciou, ontem, a prisão de oito pessoas suspeitas de envolvimento na explosão da ponte que liga a Rússia à península da Crimeia, no último sábado. O episódio impulsionou a nova leva de bombardeios maciços ao território ucraniano.
De acordo com o Serviço Federal de Segurança da Rússia (FSB), a principal discípulo da KGB soviética, o atentado foi planejado pela inteligência ucraniana. Foram detidos, segundo o órgão, cinco cidadãos russos e três da Ucrânia e da Armênia.
O FSB também alegou ter frustrado duas tentativas de ataques preparados por Kiev na região de Moscou e em Bryansk, perto da fronteira com a Ucrânia. As autoridades ucranianas não confirmaram ou negaram estar envolvidas na explosão da ponte, mas nunca esconderam a intenção de recuperar a Crimeia, anexada por Putin em 2014, e o restante dos territórios ocupados pela Rússia desde o início da guerra, em 24 de fevereiro deste ano.
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De sua parte, Putin prometeu uma resposta "firme" a qualquer novo ataque ao território russo, que Moscou diz incluir a península da Crimeia e quatro outras regiões ucranianas anexadas em setembro passado em ato repudiado pela Assembleia Geral da ONU .
No plano diplomático, o presidente Putin e seu colega turco, Recep Tayyip Erdogan, vão se reunir, hoje, no Cazaquistão, para discutir os desdobramentos do conflito. A poucas horas do encontro, o Kremlin disse esperar que Ancara apresente uma proposta de oficial para intermediar o conflito. "Os turcos propõem mediação. Em caso de negociações, provavelmente elas ocorrerão em seu território: em Istambul ou Ancara", disse o assessor de política externa do Kremlin, Yuri Ushakov.
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