Estados Unidos e Arábia Saudita mantêm sólidos laços diplomáticos há 91 anos. A decisão de uma coalizão liderada por Riad de reduzir a produção diária de petróleo em 2 milhões de barris levou o presidente norte-americano, Joe Biden, a iniciar um processo de reavaliação das relações com o reino islâmico. A medida adotada pela chamada OPEP — grupo de nações produtoras de petróleo e que reúne os 13 membros da Organização dos Países Exportadores de Petrpóleo (Opep) — pode encarecer o combustível nos Estados Unidos e no restante do planeta.
"O presidente acredita que devemos rever o relacionamento bilateral com a Arábia Saudita e dar uma olhada para ver se esse relacionamento está onde precisa estar e se está servindo aos nossos interesses", afirmou John Kirby, porta-voz do Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca. Biden deverá conversar com congressistas democratas depois que o príncipe herdeiro Mohammed bin Salman priorizou os interesses econômicos da Rússia à parceria com os Estados Unidos. O diálogo com o Capitólio deve começar depois do recesso para as eleições legislativas de novembro.
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"Não vejo isso com seriedade. É uma cortina de fumaça", afirmou ao Correio Ali Al-Ahmed, especialista em temas políticos da Arábia Saudita do Instituto para Assuntos do Golfo, em Washington. "Biden está mais preocupado em proteger os laços entre Israel e Arábia Saudita do que com o petróleo. Bin Salman e os Emirados Árabes Unidos entendem isso e, por esse motivo, não têm medo de uma eventual ruptura diplomática." Para Al-Ahmed, os simpatizantes pela reeleição de Biden querem que Riad se aproxime de Israel.
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