O Canadá anunciou nesta sexta-feira (7/10) novas sanções contra o "regime assassino" do Irã e proibiu para sempre a entrada de 10 mil funcionários daquele país, incluindo membros da Guarda Revolucionária, seu Exército ideológico.
"Esta é uma medida que só foi usada nas circunstâncias mais graves, contra regimes que cometem crimes de guerra ou genocídio, como na Bósnia e em Ruanda", disse o primeiro-ministro Justin Trudeau, reiterando seu apoio aos iranianos que protestam nas ruas contra o governo há três semanas.
O Irã é palco de uma onda de protestos, com mulheres na liderança, após a morte na prisão de Mahsa Amini, detida pela chamada polícia da moral. Mais de 90 pessoas morreram desde 16 de setembro, segundo a ONG Iran Human Rights, com sede em Oslo.
O governo admitiu cerca de 60 mortes, incluindo a de 12 membros das forças de segurança. "Devemos exigir responsabilidades do bárbaro regime iraniano, que cometeu assassinatos e faz o terror reinar", declarou o chefe de governo canadense, referindo-se ao "desprezo irresponsável de Teerã pelos direitos humanos".
"O regime do Irã é repressivo, teocrático e misógino", comentou a vice-primeira-ministra, Chrystia Freeland.
Teerã acusa forças externas de alimentar os protestos, especialmente os Estados Unidos, seu inimigo jurado. No mês passado, o Canadá impôs sanções contra uma dúzia de autoridades e entidades iranianas, incluindo a polícia da moral. Outros países também tomaram medidas de retaliação econômica, como os Estados Unidos.
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