O ativista de direitos humanos bielorrusso Ales Bialiatski, a organização russa Memorial e o Centro para as Liberdades Civis na Ucrânia receberam o Prêmio Nobel da Paz nesta sexta-feira (7).
"Eles fizeram um esforço impressionante para documentar crimes de guerra, violações de direitos humanos e abusos de poder. Juntos, eles demonstram a importância da sociedade civil para a paz e a democracia", disse à imprensa Berit Reiss, presidente do comitê norueguês do Nobel.
Ales Bialiatski está preso em Belarus por evasão fiscal. Nesta sexta, o Comitê Nobel da Noruega pediu a libertação dele. "Nossa mensagem é pedir às autoridades bielorrussas que libertem Bialiatski e esperamos que isso aconteça e que ele possa vir a Oslo e receber o prêmio", disse Berit Reiss-Andersen, presidente do comitê do Nobel. "Mas há milhares de presos políticos em Belarus e temo que meu desejo não seja muito realista."
O Comitê ainda afirmou que o Prêmio da Paz não é contra Putin, mas pediu que ele interrompa a repressão de ativistas.
Já a ONG russa Memorial, proibida na Rússia, denunciou o julgamento que enfrenta quando "o mundo inteiro nos parabeniza pelo Prêmio Nobel" da Paz.
"Ao mesmo tempo em que o mundo inteiro nos parabeniza pelo Prêmio Nobel, acontece um julgamento no tribunal de Tverskoi (em Moscou) para confiscar as instalações da Memorial", denunciou o centro de direitos humanos desta organização, uma referência do luta pela liberdade e pela memória da repressão política na Rússia e na URSS.
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