O ministro chinês das Relações Exteriores, Wang Yi, pediu neste sábado (24), na Assembleia Geral da ONU, que Rússia e China não permitam que o conflito "transborde" e protejam os interesses e direitos legítimos dos países em desenvolvimento.
"Pedimos a todas as partes envolvidas que evitem que a crise transborde e que protejam os direitos e interesses legítimos dos países em desenvolvimento", declarou o chanceler, depois de assegurar que a China "apoia todos os esforços para uma solução pacífica" da "crise ucraniana".
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A prioridade "premente é facilitar as negociações de paz", disse Wang, que em nenhum momento expressou apoio à invasão da Ucrânia pela Rússia.
A "solução fundamental é abordar as preocupações legítimas de segurança de ambos os lados e construir uma arquitetura de segurança equilibrada, eficaz e sustentável", acrescentou o ministro das Relações Exteriores.
Lembrando que seu país adere ao princípio de "não interferência", disse que a China "tem feito esforços para resolver os problemas de todas as partes de maneira construtiva".
Pequim reitera insistentemente seu apoio à soberania de todos os países em relação à Ucrânia, mas se recusa a condenar a invasão russa daquela ex-república soviética.
Em março, o representante permanente da China na ONU, Zhang Jun, disse que Pequim "sempre sustentou que é necessário respeitar a soberania e a integridade territorial de todos os países", embora "preocupações legítimas de segurança" de todas as partes devam ser levadas em conta.