O Irã lamentou, neste sábado (24), a decisão de Kiev de "reduzir significativamente" a presença diplomática iraniana no país em guerra, em represália pela entrega de armas de Teerã a Moscou.
"Teerã lamenta a decisão do governo ucraniano, referente às relações diplomáticas com a República Islâmica do Irã", declarou o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores iraniano, Nasser Kanani, em um comunicado.
"Esta decisão se baseia em informações infundadas transmitidas pela propaganda da imprensa estrangeira" contra o Irã, acrescentou.
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Kanani destacou "a política clara de neutralidade ativa de seu país no conflito entre Ucrânia e Rússia, sua oposição à guerra e a necessidade de uma solução política das diferenças, sem recorrer à violência".
O Irã responderá de "forma apropriada à decisão do governo ucraniano", completou.
De acordo com o Exército ucraniano, um civil morreu na sexta-feira (23), após um ataque russo com drones iranianos deixar um morto na cidade portuária de Odessa, no sul do país.
A mesma fonte afirmou ainda que um drone iraniano Shahed-136 foi abatido, quando sobrevoava o mar durante o ataque. O Exército ucraniano também disse ter derrubado outro drone iraniano, um Mohajer-6, em outra região.
Nesse contexto, o Ministério das Relações Exteriores da Ucrânia divulgou um comunicado, ontem, informando sua decisão de retirar a acreditação do embaixador iraniano no país e reduzir, significativamente, o número de funcionários diplomáticos da Embaixada iraniana em Kiev.
As autoridades ucranianas comunicaram a decisão ao encarregado de negócios iraniano na Ucrânia, segundo a mesma fonte.
"A parte iraniana foi informada de que o fornecimento de armas à Rússia (...) vai contra a posição de neutralidade, respeito pela soberania e integridade territorial da Ucrânia", acrescentou o mesmo ministério.
"Fornecer armas à Rússia para que faça guerra na Ucrânia é um ato hostil que representa um duro golpe nas relações entre Ucrânia e Irã", acrescentou.