O Egito revelou nesta segunda-feira (19/9) o sarcófago de um alto funcionário real da época de Ramessés II encontrado no sítio arqueológico de Saqqara, ao sul do Cairo.
Uma equipe de arqueólogos egípcios da Universidade do Cairo encontrou o túmulo de granito vermelho de Ptah-em-uya, "um responsável de alto escalão" sob o faraó Ramessés II, que reinou no Egito no século XIII a.C., informou o ministério de Antiguidades.
Ele foi "secretário real, supervisor-chefe do gado e tesoureiro-chefe do Ramaseum", o templo mortuário de Ramessés na necrópole tebana de Luxor, disse Mostafa Waziri, chefe do Conselho Supremo de Antiguidades.
O nobre também estaria encarregado "de oferendas divinas a todos os deuses do Alto e Baixo Egito", acrescentou Waziri.
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Saqqara é uma enorme necrópole localizada na antiga capital egípcia, Memphis, patrimônio da UNESCO, onde há uma dúzia de pirâmides, sepulturas de animais e antigos mosteiros cristãos coptas.
O sarcófago, descoberto no ano passado, foi encontrado "coberto de textos" para "proteger o falecido" e "cenas representando os filhos do deus Hórus", segundo o ministério.
Saqqara tornou-se uma colmeia de escavações. Só este ano, o Egito revelou 150 estatuetas de bronze, cinco túmulos antigos e mais de cinquenta sarcófagos de madeira que datam do Novo Império, que terminou no século XI a.C.
Cairo pretende usar essas descobertas para revitalizar sua indústria de turismo, vital para a economia egípcia. A cereja no topo do bolo será o Grande Museu Egípcio, aos pés das pirâmides, cuja inauguração está atrasada há algum tempo e aspira a tornar-se, quando abrir, o "maior museu arqueológico do mundo".
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