A rainha Elizabeth 2ª planejou parte de seu funeral, segundo o Palácio de Buckingham. Entre os pedidos da monarca, que morreu na semana passada aos 96 anos, está a execução de uma música por seu gaiteiro de fole oficial.
O funeral, que vai ocorrer na Abadia de Westminster na segunda-feira (19/09), provavelmente será um dos maiores eventos cerimoniais realizados na Grã-Bretanha desde a Segunda Guerra Mundial.
Todo o país vai observar dois minutos de silêncio quando terminar o evento, pouco antes do meio-dia no horário local.
Espera-se que a cerimônia, com a escolha de músicas e leituras, reflita as escolhas pessoais da rainha para seu próprio funeral.
Assessores do palácio dizem que ela foi consultada sobre todas as etapas.
Entre aqueles que confirmaram presença no funeral estão o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, o presidente da França, Emmanuel Macron, e Jair Bolsonaro, presidente e candidato à reeleição no Brasil.
Além de membros da monarquia britânica, políticos e líderes mundiais, outras 200 pessoas devem participar do funeral, como alguns amigos que frequentavam o aniversário da rainha, e profissionais que trabalharam na pandemia de covid-19.
Um desses convidados é Tony Gledhill, um policial aposentado de 84 anos que foi premiado com a George Cross, a mais alta condecoração civil do Reino Unido. Ele ficou conhecido depois de ser baleado 15 vezes e sobreviver. "Estou incrivelmente emocionado por ter sido chamado", disse.
O organizador oficial dos eventos de segunda-feira, o Conde Marechal Edward Fitzalan-Howard, Duque de Norfolk, disse que seu papel era "ao mesmo tempo humilde e assustador".
O duque, que assumiu o cargo hereditário em 2002, disse que o evento de segunda-feira visa "unir pessoas em todo o mundo com pessoas e de todas as religiões".
Os eventos vão começar com uma procissão: o caixão da rainha será transportado de Westminster Hall, onde ela está no momento, para a abadia.
O príncipe Harry, duque de Sussex, e seu irmão William, o novo príncipe de Gales, vão caminhar mais uma vez atrás do caixão da rainha durante a procissão.
O caixão será colocado em uma carruagem que foi usada nos funerais de Eduardo 7º, Jorge 5º, Jorge 6º e de Winston Churchill. O veículo será puxado por 142 marinheiros da Marinha Real do Reino Unido.
No final do funeral, uma corneta será tocada, seguida de dois minutos de silêncio em todo o país. A conclusão do funeral será marcada por uma música tocada pelo gaiteiro oficial da rainha.
Após a cerimônia na abadia, o caixão será levado em outra procissão para o Arco de Wellington - o percurso será liderado pela Polícia Montada Real Canadense e membros da equipe do NHS, serviço de saúde pública do Reino Unido.
Em seguida, o caixão será transportado para o castelo de Windsor pelas ruas, antes de um evento às 16h na Capela de São Jorge, momento liderado pelo reitor de Windsor e com uma congregação que inclui a família real e alguns funcionários pessoais da rainha.
À medida que o caixão for colocado no repouso definitivo, o arcebispo de Canterbury vai ler uma bênção e o gaiteiro tocará outra música.
O joalheiro da monarquia então vai recolher a coroa do caixão e devolvê-la à Torre de Londres.
Um funeral particular, voltado para familiares, será realizado às 19h30, horário de Londres.
A rainha será enterrada na Capela Memorial do Rei George 6º. O caixão ficará ao lado do de seu marido, o príncipe Philip, duque de Edimburgo, que morreu no ano passado.
O céu de Londres ficará vazio durante o silêncio de dois minutos, pois o aeroporto de Heathrow vai interromper todos os pousos e decolagens por 30 minutos a partir das 11h40.
Algumas atividades serão interrompidas no aeroporto para garantir o silêncio durante as cerimônias em Windsor.