Os Estados Unidos alegaram nesta terça-feira (6/9) que seria contraproducente chamar a Rússia de "Estado patrocinador do terrorismo", rejeitando pedidos nesse sentido feitos pela Ucrânia e por congressistas americanos.
Consultado ontem sobre o assunto por um jornalista, o presidente Joe Biden respondeu com um simples "não", após meses de respostas evasivas de funcionários do alto escalão.
A secretária de imprensa da Casa Branca, Karine Jean-Pierre, declarou hoje que usar o termo terrorismo "não é o caminho mais eficaz para responsabilizar a Rússia" por seus atos. Ela assinalou que essa designação poderia dificultar a entrega de ajuda a áreas da Ucrânia devastadas pela guerra ou evitar que grupos de ajuda e empresas participem de um acordo negociado pela ONU e pela Turquia para exportar grãos a partir dos portos bloqueados na Ucrânia.
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"Isso também minaria nossa coalizão multilateral sem precedentes, que foi tão eficaz para responsabilizar Putin, e também poderia afetar nossa capacidade de apoiar a Ucrânia" nas negociações, acrescentou Karine. Uma etiqueta de "Estado patrocinador do terrorismo" por parte dos Estados Unidos, maior economia do mundo, tem ramificações amplas, com muitas empresas e bancos que não estarão dispostos a correr o risco de sofrer ações legais por parte dos promotores americanos.
No mês passado, o parlamento da Letônia declarou a Rússia "Estado patrocinador do terrorismo" por realizar "um genocídio" contra os ucranianos. Já o presidente da França, Emmanuel Macron, descartou explicitamente em junho esse rótulo.
Congressistas de todos os partidos americanos pediram a Biden que classificasse a Rússia como patrocinadora do terrorismo, a fim de aumentar a pressão, após meses de sanções econômicas pela invasão à Ucrânia.
Os Estados Unidos designaram quatro nações como patrocinadoras do terrorismo: Irã, Síria, Coreia do Norte e Cuba.
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