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"Ao ver que não tinha maioria no Congresso, Boric sempre falou sobre o pacto de uma esquerda ampla, o qual incluiria a social-democracia. Além da relação com o Legislativo, tal pacto levaria em conta a experiência política prévia e a necessidade de negociar a continuação do processo da Constituinte. Carolina Tohá era aventada como um bom nome para esse desafio."

María Jaraquemada, diretora executiva da ONG Chile Transparente 

"A mudança de gabinete, por parte de Boric, teve como principal propósito ampliar a coalizão  parlamentar do governo. Inicialmente, o presidente Gabriel Boric contava com apenas 25% de apoio na Câmara dos Deputados e 10% no Senado. Essas cotas são absolutamente insuficientes para impulsionar tanto um novo processo da Constituinte quanto reformas inclusas no projeto de governo de Boric. Trata-se de uma reorientação política estratégica do governo para criar as condições de apoio necessitadas pelo governo, a fim de que continue sem bloqueio legislativo."

Marcelo Mella, professor de ciência política da Universidad de Santiago de Chile