O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, conversou com uma série de líderes europeus sobre os referendos realizados em áreas no leste do país sobre uma eventual adesão das regiões à Rússia. Nos diálogos, os dirigentes chamaram as votações de ilegais, e, no caso do chanceler federal alemão, Olaf Scholz, o líder afirmou que a Alemanha "nunca reconhecerá os supostos resultados".
Em seu Twitter, o chanceler disse ter assegurado a Zelensky a não aceitação dos referendos, e afirmou que as votações que o presidente russo Vladimir Putin conduziu nas áreas ilegalmente ocupadas da Ucrânia são "inúteis" e ilegais sob o direito internacional. Em linha parecida, a primeira-ministra do Reino Unido, Liz Truss, afirmou ter sublinhado apoio à Kiev à "luz dos falsos referendos da Rússia, que nunca reconheceremos". Além disso, a britânica disse que discutiu maneiras de proteger o suprimento de gás à Ucrânia.
Na mesma rede social, Zelensky escreveu sobre uma conversa com o presidente do Conselho Europeu, Charles Michel. O ucraniano se disse agradecido pela condenação unânime da União Europeia (UE) dos referendos ilegais e apoio inabalável à Ucrânia. "Discutimos as medidas práticas da UE em resposta, incluindo o reforço das sanções", afirmou Zelensky. Além disso, o ucraniano disse que na ocasião: "trocamos opiniões sobre os progressos da Ucrânia na implementação das recomendações necessárias para a continuação do movimento da para a adesão à UE".
Os quatro referendos em territórios ucranianos ocupados pela Rússia terminaram nesta terça-feira, 27, sem surpresas. Assim, até sexta-feira espera-se que Moscou anuncie oficialmente a incorporação das regiões de Donetsk, Luhansk, Kherson e Zaporizhzia - cerca de 15% do território da Ucrânia.
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