VACINAÇÃO

EUA autorizam novas vacinas da Pfizer e Moderna contra variante ômicron

As autoridades de saúde dos Estados Unidos aprovaram as novas versões das vacinas anticovid dos laboratórios Pfizer e Moderna para a variante ômicron do vírus

As autoridades de saúde dos Estados Unidos aprovaram nesta quarta-feira (31) as novas versões das vacinas anticovid dos laboratórios Pfizer e Moderna para a variante ômicron do vírus, com vistas a conter uma possível onda de contágios no outono e no inverno.

As duas vacinas atualizadas foram autorizadas para uma dose de reforço, a partir de 12 anos para a Pfizer e dos 18 para a Moderna, informou a agência reguladora de medicamentos americana, a FDA, em comunicado.

A nova geração de vacinas é voltada tanto para a cepa original da covid-19 como para as subvariantes BA.4 e BA.5 da ômicron. Esta última linhagem representa quase 90% das infecções nos Estados Unidos.

Portanto, os imunizantes devem "oferecer maior proteção contra a variante ômicron que circula atualmente", escreveu a FDA.

"Espera-se uma nova onda quando passarmos mais tempo dentro de casa neste outono e inverno", advertiu o chefe da FDA, Robert Califf, durante coletiva de imprensa, na qual assegurou que este aumento da contaminação é previsível.

No começo do verão, o Departamento de Saúde dos Estados Unidos anunciou que havia comprado 105 milhões de doses da Pfizer e 66 milhões da Moderna para usar durante o outono e o inverno no hemisfério norte.

As vacinas ainda não foram recomendadas pelos Centros para o Controle e a Prevenção de Doenças dos Estados Unidos (CDC, na sigla em inglês), a principal agência de saúde pública do país.

Os CDC convocaram um comitê de especialistas independentes para discutir o tema nesta quinta-feira. Após essas consultas, caberá à diretora da agência, Rochelle Walensky, dar a autorização definitiva aos imunizantes.

As novas versões dos fármacos podem estar disponíveis no país na próxima semana.

As vacinas que circulam atualmente foram concebidas para proteger contra a cepa inicial do vírus, que foi reportado pela primeira vez no fim de 2019 em Wuhan, na China.

Contudo, com o passar do tempo os imunizantes perderam eficácia diante das variantes que foram surgindo, devido à rápida evolução do vírus.

Ao contrário das variantes alfa e delta, que sucumbiram, a ômicron e suas subvariantes passaram a dominar gradualmente os contágios em 2022 em todo o mundo.

Os laboratórios Pfizer e Moderna também apresentaram um pedido de autorização para as versões atualizadas de suas vacinas à Agência Europeia de Medicamentos (EMA, na sigla em inglês).

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"Restaurar a imunidade" 

Por enquanto, a vacinação inicial continuará sendo feita com os imunizantes anteriores para proporcionar uma "base" de imunidade, disse Califf.

As vacinas de reforço podem ser aplicadas dois meses depois da aplicação de uma dose anterior (de reforço, ou do ciclo vacinal inicial). A dose é de 30 microgramas no caso da Pfizer, e de 50 microgramas no caso da Moderna.

"A esperança é 'restaurar' um nível de imunidade similar ao que as vacinas davam quando foram introduzidas, e proporcionar uma 'maior duração da proteção' para que os reforços não precisem se repetir com muita frequência", explicou Peter Marks, da FDA.

Perguntado sobre incluir a população jovem nesta campanha de reforço, Marks destacou que estas vacinas poderiam ajudar a proteger contra a chamada "covid longa", que afeta indivíduos de todas as idades.

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