As autoridades francesas avançam com um plano delicado para transportar uma baleia beluga perdida no rio Sena de volta ao oceano, disse um especialista nesta terça-feira (9/8).
O cetáceo de quatro metros de comprimento foi descoberto há uma semana e parece estar doente e muito magro, mas seu estado é "satisfatório", disse à AFP Isabelle Brasseur, do parque de animais marinhos Marineland, no sul da França, o maior da Europa.
"Temos uma ideia de algo que pode funcionar, vamos explicar e aperfeiçoar com as pessoas que vão nos ajudar", disse.
As baleias beluga são uma espécie protegida que não consegue sobreviver por muito tempo em água doce.
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A ideia é levar a beluga por terra até uma bacia de água do mar não divulgada para soltura. Mas as dificuldades são consideráveis e a viagem provavelmente estressará ainda mais o animal de 800 quilos.
A ONG Sea Shepherd France, que está envolvida na operação, disse em nota nesta terça-feira que a sedação não era uma opção porque as belugas precisam estar acordadas para inalar ar.
"De qualquer forma, temos que tirá-la de lá e tentar descobrir o que há de errado", afirmou Brasseur.
Os veterinários manterão uma vigilância constante sobre sua condição durante a transferência.
"Pode haver problemas internos que não podemos ver", disse, embora tenha acrescentado que as belugas são uma espécie "extremamente resistente".
A Sea Shepherd fez um apelo para doações de cordas pesadas, redes, colchões e outros equipamentos.
As baleias beluga geralmente vivem em águas frias do Ártico e, embora migrem para o sul no outono para se alimentar, raramente se aventuram tão longe.
De acordo com o Observatório Pelagis da França, especializado em mamíferos marinhos, a população de beluga mais próxima é encontrada no arquipélago de Svalbard, ao norte da Noruega, a 3.000 quilômetros do Sena.