Quando Moqtada Al-Sadr levanta o dedo indicador e franze a testa, o Iraque prende a respiração. A aura do líder religioso xiita tem muito peso na arena política — e nas ruas —, apesar de suas visões muitas vezes inconstantes. O ex-líder das milícias paramilitares, vestido com um turbante preto que o identifica como descendente do profeta do Islã, Maomé, mais uma vez mostrou sua influência.
Al-Sadr sabe que pode contar com ampla faixa da comunidade xiita, a maior do Iraque. "É capaz de ocupar as ruas e ninguém pode ofuscá-lo nisso", explica o analista Hamdi Malik, do centro de análise Washington Institute. "Tudo gira em torno dele" em seu movimento. Apesar das contradições de ser oportunista de alianças. Durante o grande movimento de protesto popular em outubro de 2019, Al-Sadr enviou seus simpatizantes para apoiar as reivindicações de regeneração política dos manifestantes. Em seguida, pediu para que se retirassem.
Nascido em 1974 em Kufa, perto de Najaf (sul), esse homem de rosto redondo e barba grisalha vem de "uma linhagem de religiosos xiitas, sayyids (descendentes do profeta Maomé)", explica Malik.
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