Rússia X Ucrânia

Papa Francisco pede ao mundo que evite um desastre nuclear na Ucrânia

Francisco reiterou ainda que a "guerra é uma loucura" após seis meses do início da invasão russa na Ucrânia

Agence France-Presse
postado em 24/08/2022 10:33
 (crédito: Filippo MONTEFORTE/AFP)
(crédito: Filippo MONTEFORTE/AFP)

O papa Francisco pediu, nesta quarta-feira (24/8), ao mundo que "evite o risco de um desastre nuclear" na Ucrânia e reiterou que a "guerra é uma loucura" após seis meses do início da invasão russa a esse país.

"Renovo meu convite a implorar a paz do Senhor para o querido povo ucraniano, que há seis meses sofre o horror da guerra", disse Francisco durante a tradicional audiência geral das quartas-feiras no Vaticano.

Em sua mensagem, pediu "que sejam tomadas medidas concretas para acabar com a guerra e evitar o risco de um desastre nuclear em Zaporizhzhia", insistiu.

"Penso em tanta crueldade, em tantas pessoas inocentes que estão pagando pela loucura, pela loucura de todos os lados, porque a guerra é uma loucura", afirmou.

Vários países expressaram seus temores sobre a possibilidade de um desastre na maior usina nuclear da Europa, ocupada desde o início de março pelo exército russo e alvo de bombardeios recorrentes.

"Penso na pobre menina a quem explodiu uma bomba debaixo do banco de um carro em Moscou. Os inocentes pagam pela guerra, os inocentes!", lamentou o papa, referindo-se à morte de Daria Dugina, jornalista e cientista política de 29 anos, filha do considerado ideólogo do presidente russo Vladimir Putin, Aleksandr Dugin.

O papa também chamou a atenção para os dramas deixados pela guerra e mais uma vez condenou aqueles que vendem armas.

"Penso nas crianças. Tantos mortos e tantos refugiados. Tantos feridos. Tantas crianças ucranianas e russas ficaram órfãs. Os órfãos não têm nacionalidade: perderam um pai ou uma mãe", disse ele.

"Aqueles que lucram com a guerra (...) são criminosos que assassinam a humanidade", sublinhou o papa, que em várias ocasiões condenou a chamada "terceira guerra mundial em pedaços" ao se referir aos inúmeros conflitos e em particular à Síria e ao Iêmen.

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