Após 329 anos de ter sido condenada por bruxaria, Elizabeth Johnson foi inocentada pela Justiça dos Estados Unidos, na última quinta-feira (29/7). Até então, ela era única pessoa condenada por bruxaria que ainda não tinha sido absolvida.
Elizabeth tinha apenas 22 anos quando foi acusada de bruxaria. Durante o julgamento, ela confessou a prática. Ela foi sentenciada à morte em 1693, porém se livrou da pena por um indulto do governador de Massachusetts. Ela morreu aos 77 anos.
A mulher só foi inocentada agora devido aos esforços de uma professora de educação cívica e uma turma de alunos da oitava série. "Estou animada e aliviada", disse Carrie LaPierre, professora da North Andover Middle School, em entrevista no sábado ao The New York Times.
Segundo a professora, pouco se sabe sobre a vida de Elizabeth, mas se acredita que ela pode ter tido uma deficiência mental e que ela nunca se casou ou teve filhos, fatores que podiam tornar uma mulher alvo nos julgamentos. Como ela não deixou descendentes, ninguém lutou para inocentá-la. Além disso, a mãe dela, que tinha o mesmo nome, também foi condenada por bruxaria e já tinha sido inocentada, o que pode ter causado uma confusão administrativa.
Pelo menos 172 pessoas de Salém e cidades vizinhas foram acusadas de feitiçaria em 1692. O local era uma colônia britânica em que a Igreja comandava tudo. Os casos começaram a surgir depois que uma menina morreu de uma doença estranha. As pessoas da cidade começaram a acreditar que se tratava de bruxaria e várias pessoas começaram a relatar terem tido contato com o diabo. Hoje, o caso é tratado como histeria coletiva. A maioria das condenações foi revista entre o final do século 17 e o início do século 18.
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