Khimki, Rússia- A jogadora de basquete americana Brittney Griner disse em seu julgamento nesta quarta-feira (27/7) que não tinha a intenção de introduzir drogas na Rússia.
"Não pensei ou planejei introduzir substâncias proibidas na Rússia", declarou Griner, que foi presa em um aeroporto de Moscou em fevereiro, em um tribunal na cidade de Khimki, nos arredores de Moscou.
"Eu não pretendia violar a lei russa", enfatizou, acrescentando que "não tinha intenção de usar" uma substância proibida na Rússia.
"Eu não faria nada para prejudicar minha equipe", alegou.
A atleta do Phoenix Mercury foi detida ao chegar a Moscou para atuar em um clube russo, aproveitando-se do fim da temporada da liga profissional americana. A prática é bastante comum entre as jogadoras da WNBA para obter maiores salários.
Ela se declarou culpada e pode pegar até dez anos de prisão na Rússia.
A atleta, de 31 anos, disse que tinha permissão de um médico americano para usar cannabis medicinal para aliviar as dores relacionadas a diversas lesões "da coluna à cartilagem".
"Fiquei em uma cadeira de rodas por quatro meses. Torci meu tornozelo", disse.
Ela explicou que usava cannabis medicinal "apenas durante os intervalos e quando não havia competições".
E acrescentou que não queria usar outros analgésicos, porque eles têm "efeitos colaterais muito ruins".
Griner explicou ainda que viajou para a Rússia apesar de as autoridades americanas terem recomendado que não viajasse para o país.
"Eu nunca arriscaria o campeonato", declarou.
"Minha carreira é a minha vida. Dediquei tudo, meu corpo e muito tempo longe da minha família. Joguei com lesões. Não há nada que eu não faria pela minha carreira", disse.