Londres, Reino Unido- O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, disse nesta quarta-feira (13/4) que vai embora "de cabeça erguida", mas reconheceu perante os deputados que sua saída, provocada por um acúmulo de escândalos, ocorre mais cedo do que esperava.
Em uma discussão com o chefe da oposição trabalhista, Keir Starmer, que considerou Johnson "até o fim" perdido em suas ilusões, o líder conservador disse a seu adversário que ele nunca "se apresentou com uma ideia, ou projeto, para o país".
Mencionando o Brexit, a campanha de vacinação contra a covid-19 e o "papel decisivo" do Reino Unido na Ucrânia contra "a brutal invasão" russa, Johnson se declarou "orgulhoso do formidável trabalho de equipe" realizado sob sua gestão.
"Com absoluta certeza, vou embora em um momento que não escolhi", acrescentou Johnson, quase uma semana após o anúncio de sua renúncia, desencadeada pela demissão em massa de membros de seu governo após escândalos sucessivos.
"Vou de cabeça erguida", ressaltou durante a sessão de perguntas no Parlamento.
Após o anúncio da renúncia de Boris Johnson na última quinta-feira, oito candidatos estão na lista para suceder-lhe à frente do Partido Conservador e em Downing Street.
A primeira rodada da votação dos deputados conservadores acontece nesta quarta-feira. Pelo menos um candidato será eliminado: aquele com menos votos, ou até mais, se não obtiver o mínimo de 30 votos.
Outras rodadas serão organizadas até que dois finalistas sejam escolhidos. Depois, será organizada uma votação por correio, reservada apenas aos membros do partido. O resultado está previsto para 5 de setembro.