O primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, continua a ser pressionado nesta quarta-feira (6) a deixar o posto, durante audiência do Comitê de Articulação da Câmara dos Comuns. Após anteriormente descartar convocar uma eleição antecipada, ele voltou a dizer que pretende seguir no cargo, mesmo que em meio a uma grande onda de demissões de seus subordinados.
Alguns legisladores presentes pressionam Johnson sob o argumento de que a situação política dificulta também a melhora econômica, enquanto outros questionam como ele poderá prosseguir com tantas baixas no governo. Um deputado questionou o premiê se ele estará no posto amanhã - "é claro", respondeu ele -, enquanto outro perguntou ironicamente "como tem sido sua semana".
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Segundo a emissora BBC, ao menos 31 membros do governo, entre ministros e subordinados, já anunciaram a saída nos últimos dias. A rede destacava o caso de um deputado, Huw Merriman, que teve uma carta pela saída de Johnson postada em sua conta no Twitter enquanto questionava o premiê na audiência de hoje. O primeiro-ministro ainda foi questionado sobre se seu ministro Michael Gove o pressionou a renunciar, e, sem negar, disse que não queria comentar o assunto.
Legisladores da situação e oposicionistas pressionam o político a deixar o posto, em meio a uma onda de dezenas de demissões em seu governo. Mais cedo, Johnson já havia dito no Parlamento que pretendia seguir no cargo.
Um deputado relatou na audiência que, segundo a imprensa, há uma comitiva de membros ainda no governo esperando Johnson voltar à sede do governo para lhe dizer que não há mais como ele permanecer como premiê, nesse contexto.