Com o turismo em alta novamente na França, casos de covid-19 estão em alta. As autoridades francesas voltaram a "recomendar" o uso de máscaras , mas não querem evitar uma reedição de restrições sanitárias que podem afugentar visitantes ou reavivar protestos antigoverno.
As internações por coronavírus aumentaram nas últimas duas semanas, com quase mil pacientes com hospitalizados por dia, segundo dados do governo. A porta-voz do governo francês, Olivia Gregoire, disse que não há planos para reintroduzir regulamentações nacionais que limitem ou estabeleçam condições para reuniões em ambientes fechados e outras atividades.
"O povo francês está cansado de restrições", disse ela na quarta-feira no canal BFMTV. "Estamos confiantes de que as pessoas vão se comportar com responsabilidade."
As eleições parlamentares da França no mês passado resultaram na perda de maioria do presidente Emmanuel Macron no Congresso ao mesmo tempo que partidos de extrema direita e extrema esquerda que protestaram contra as restrições sanitárias , vacinação e uso de máscaras ganharam assentos.
Os profissionais de turismo franceses esperam uma temporada de verão em expansão, apesar do vírus, com números que podem até superar os níveis pré-pandemia, já que os americanos se beneficiam do euro mais fraco e outros redescobrem as viagens ao exterior após mais de dois anos de uma existência mais circunscrita.
Na Riviera Francesa, uma lenta recuperação econômica começou no verão passado. Mas com a participação nas reuniões ainda limitada, as regras de distanciamento social e as restrições de viagem em vigor há um ano, a maioria dos visitantes da região ainda é francesa. A Organização das Nações Unidas (ONU) estima que o mundo perdeu em torno de US$ 3,5 trilhões em receitas por causa das restrições de viagens.
O governo suspendeu a maioria das restrições sanitárias em abril, e os turistas voltaram ao país.
Pedindo para não ter o nome divulgado, um guia turístico e motorista de táxi elétrico em Nice descreveu sua alegria ao ver turistas novamente. Durante os repetidos bloqueios da França, ela transportou trabalhadores de saúde e levou pessoas a hospitais para cuidar de parentes idosos ou fazer testes de covid.
Agora, passageiros ele transporta em sua bicicleta passageiros dos EUA, Austrália, Alemanha, Itália. Ele disse que ainda desinfeta diligentemente a bicicleta antes de cada passeio, "como se fosse 2020?.