O governo de Xi Jinping alertou que os EUA terão de assumir "todas as consequências" de uma possível visita a Taiwan da presidente da Câmara dos Representantes, a democrata Nancy Pelosi, em um contexto de tensões entre os dois países. O aviso foi feito antes de um telefonema programado para os próximos dias entre o presidente Xi Jinping e o homólogo norte-americano, Joe Biden. Ontem, Pelosi convidou altos membros do Congresso a a acompanharem na visita a Taiwan, como o republicano Michael McCaul, integrante do Comitê de Assuntos Externos da Câmara, e o democrata Gregory Meeks, presidente do mesmo comitê.
Os pontos de tensão entre Pequim e Washington se multiplicaram nos últimos anos: o Mar da China Meridional, a influência crescente da China na região de Ásia-Pacífico, a guerra na Ucrânia e a questão de Taiwan. Pequim considera a ilha capitalista e democrática, que conta com uma população de 24 milhões de habitantes, como uma de suas províncias históricas, mas não controla o território.
A China, que se opõe a qualquer contato entre Taiwan e outros países, aumentou a pressão militar e diplomática contra Taipé desde a eleição em 2016 da presidente taiwanesa, Tsai Ing-wen, quem vem de um partido separatista. Ao mesmo tempo, as tensões entre China e Estados Unidos também aumentaram por várias vendas de armas americanas a Taiwan e a visita à ilha de políticos americanos que chegaram a oferecer seu apoio às autoridades taiwanesas.
Nancy Pelosi, uma das figuras políticas mais importantes dos Estados Unidos, planeja viajar para Taiwan no próximo mês, segundo a imprensa. No entanto, Pelosi ainda não confirmou se fará a viagem, embora tenha dito que é "importante mostrar nosso apoio a Taiwan". A China considera a ilha, que conta com uma população de 24 milhões de habitantes, como uma de suas províncias históricas, mas não controla o território.
A China alertou, na segunda-feira, que "está pronta" para responder à visita da dignitária americana e reiterou, ontem, sua "firme oposição". "Se os Estados Unidos persistirem em desafiar a linha vermelha da China" com esta visita a Taiwan, "enfrentarão fortes medidas em resposta e devem assumir todas as consequências", disse o porta-voz da diplomacia chinesa, Zhao Lijian, em entrevista coletiva.
Lijian respondeu desta forma a uma pergunta sobre as informações que indicam que os militares dos EUA aumentariam sua atividade na Ásia-Pacífico no caso de uma visita de Pelosi.
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