Estados Unidos

De volta a Washington, Trump fala em retorno à Casa Branca

Correio Braziliense
postado em 27/07/2022 00:01
 (crédito: Mandel Ngan/AFP)
(crédito: Mandel Ngan/AFP)

"Tenho orgulho de ser americano. Onde, pelo menos, eu sei que sou livre. Não me esquecerei dos homens que morreram, que deram aquele direito a mim. (...) Não há dúvida. Amo essa terra. Deus abençoe os Estados Unidos da América." A música do cantor country Lee Greenwood ecoava no Hotel Marriott Marquis, em Washington, enquanto o ex-presidente Donald Trump subia ao palco, na tarde de ontem. Na primeira visita à capital desde que deixou o poder, em 20 de janeiro de 2021, o magnata discursou durante o Encontro Agenda do America First Policy Institute em tom de campanha eleitoral.

"Dois anos atrás, com a ajuda de muitas pessoas dessa sala, tivemos um governo de economia em expansão, a mais forte e segura fronteira da história dos EUA, independência e domínio energético, nenhuma inflação (...) e o maior respeito do mundo", afirmou Trump. "Nós fizemos a América grande novamente."

De acordo com o republicano, quando esteve à frente da Casa Branca, ele colocou o trabalhador e a família em primeiro lugar. "Mas, agora, nosso país dobrou os joelhos", afirmou, ao citar que a inflação norte-americana é a mais alta. Durante o pronunciamento, Trump admitiu o desejo de retornar ao poder. "Eu sou político e concorri para a presidência. Eu disputei uma segunda vez e me saí muito melhor", assegurou. "Talvez tenhamos que fazer isso novamente, temos força para isso. A história dos EUA está longe do fim. Estamos prontos para um incrível retorno." 

Em nenhum momento Trump mencionou a invasão ao Capitólio, em 6 de janeiro de 2021. Ele acusou os democratas de prejudicarem seus planos. "Tudo o que esse establishment corrupto está fazendo comigo é preservar o seu poder e seu controle sobre o povo. Eles querem me prejudicar para que eu não possa voltar a trabalhar para vocês. Não acho que vá acontecer." A plateia gritou "Mais quatro anos!". 

Ao abordar a segurança, o magnata defendeu a valorização da polícia e a pena de morte para traficantes. "É terrível dizer isso, mas, se você olhar cada um dos países que não tem problemas com drogas, verá que têm uma pena de morte muito forte para quem vende drogas."  

Pence

Mike Pence, que foi vice de Trump, falou aos conservadores em Washington, pedindo-os que "olhem para o futuro". "É essencial, em um momento em que tantas famílias americanas estão sofrendo, que não cedamos à tentação de olhar para trás", disse. O ex-número dois da Casa Branca, que também tem ambições presidenciais, descreveu o ataque ao Capitólio como um "dia trágico".

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