Milhares de pessoas se manifestaram em defesa dos direitos LGBTQIAP+ neste sábado (23) em Budapeste, capital da Hungria. Os protestos aconteceram um ano após uma lei considerada descriminatória entrar em vigor na União Europeia (UE).
Entre bandeiras e faixas com as cores do arco-íris, os manifestantes condenaram o texto adotado no verão passado, que proíbe a "representação ou promoção" da homossexualidade, resignação de gênero ou mudança de sexo entre menores.
"É uma ferramenta para dividir as pessoas e colocá-las umas contra as outras", disse Armin, um especialista em Marketing que preferiu não informar o sobrenome. "Para ser honesto, a situação é deprimente", destacou Pal Vas, de 18 anos. Ele deixará a Hungria em setembro para estudar.
"Tenho a sorte da minha família e amigos serem abertos, mas conheço tantas pessoas LGBTQIAP+ que precisam se esconder", explica o jovem, que disse ter sido insultado na rua recentemente. "Só porque usava uma camiseta rosa", acrescenta.
Em uma ponte da cidade, um grupo de manifestantes removeu uma faixa que comparava a homossexualidade com a pedofilia, na margem da nova norma.
O texto provocou uma onda de indignação na Europa e, depois de sua adoção, a Comissão Europeia lançou um processo de infração contra a Hungria, antes de encaminhar o assunto ao Tribunal de Justiça da UE em meados de julho.
Entretanto, o primeiro-ministro nacionalista e ultraconservador Viktor Orban, cujo país está na mira de Bruxelas por minar o Estado de Direito, insiste que a lei não é homofóbica e visa "proteger os direitos das crianças".
Saiba Mais
- Cidades DF Diagnóstico de varíola dos macacos será feito em Brasília em breve
- Mundo Centenas de pessoas são retiradas da ilha grega de Lesbos por incêndio
- Política Com Michelle, Bolsonaro faz campanha na véspera da convenção do PL
- Ciência e Saúde Brasil negocia compra de vacina contra varíola dos macacos
Notícias pelo celular
Receba direto no celular as notícias mais recentes publicadas pelo Correio Braziliense. É de graça. Clique aqui e participe da comunidade do Correio, uma das inovações lançadas pelo WhatsApp.
Dê a sua opinião
O Correio tem um espaço na edição impressa para publicar a opinião dos leitores. As mensagens devem ter, no máximo, 10 linhas e incluir nome, endereço e telefone para o e-mail sredat.df@dabr.com.br.