Reino Unido

Candidatos a primeiro-ministro britânico lançam suas campanhas

Com promessas ecônomicas, Liz Truss favorita para Downing Street, criticou o rival Rishi Sunak por sua política fiscal

Agência France-Presse
postado em 21/07/2022 13:12 / atualizado em 21/07/2022 13:12
 (crédito: Tolga Akmen, Daniel LEAL / AFP)
(crédito: Tolga Akmen, Daniel LEAL / AFP)

Londres, Reino Unido- A ministra das Relações Exteriores britânica, Liz Truss, favorita para suceder Boris Johnson em Downing Street, criticou o rival Rishi Sunak nesta quinta-feira (21/7) por sua política fiscal como ministro das Finanças, no início de uma campanha de seis semanas.

Um dia depois da definição dos dois últimos candidatos na eleição do novo líder conservador, que será escolhido pelos filiados do partido em votação por correio, cujo resultado será anunciado em 5 de setembro, os dois candidatos divulgaram seus planos na imprensa.

Ambos afirmam ser os melhores para derrotar o opositor Partido Trabalhista nas próximas eleições legislativas, marcadas para 2024. O acúmulo de escândalos sob o mandato de Johnson levou o Partido Trabalhista ao topo das pesquisas.

No jornal Daily Mail, Truss enfatizou sua abordagem "enraizada em valores conservadores" e uma redução imediata da pressão tributária, em seu nível mais alto "em 70 anos".

Prometeu reverter o recente aumento das contribuições para a previdência social, suspender os impostos sobre as contas de energia para promover as energias renováveis e um orçamento de emergência.

Durante a campanha, Sunak acusou os defensores de cortes de impostos de prever "políticas econômicas fantasiosas com promessas de gastos não financiados".

Em entrevista à BBC na quinta-feira, Truss afirmou que gostaria que "Boris continuasse como primeiro-ministro" apesar da sucessão de escândalos, "mas ele não tinha mais o apoio" do grupo parlamentar conservador.

Distanciando-se de Sunak, cuja renúncia do governo em 5 de julho ajudou a precipitar a queda de Johnson, Truss enfatizou que ela não é a candidata da continuidade econômica. "O crescimento não pode ser tributado", argumentou.

Quanto ao apoio à permanência na União Europeia, que defendeu no referendo de 2016, afirmou que estava "errada".

Nas colunas do Daily Telegraph, Sunak tentou refutar a chefe da diplomacia, reivindicando também o legado da primeira-ministra ultraliberal Margaret Thatcher.

"Meus valores são thatcheritas, acredito no trabalho, na família e na integridade", escreveu. "Sou um thatcherista, disputo como thatcherista e governaria como Thatcherista", enfatizou.

Sunak prometeu "uma série de reformas tão abrangentes quanto as lideradas pela 'dama de ferro' na década de 1980 para incentivar o crescimento e a prosperidade em todos os cantos do Reino Unido" e "usar as liberdades que o Brexit nos deu".

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