Robert E. Crimo III, 21 anos, estava a caminho de cometer outro atentado quando foi preso pela matança de sete pessoas durante a parada cívica de 4 de julho, em Highland Park, a 43km de Chicago. O rapaz confessou à polícia que fez os disparos e contou que fugiu de carro para Madison (Wisconsin), onde "viu mais celebrações" e "considerou seriamente usar a arma que tinha no veículo para realizar outro ataque", informou Christopher Covelli, da polícia de Highland Park.
Diferentemente do massacre em Illinois, planejado durante semanas, o segundo atentado seria improvisado. Depois de ser preso, na segunda-feira à noite, perto de Chicago, Crimo "forneceu uma declaração voluntária aos investigadores confessando seus atos", em videoconferência perante um juiz, relatou o promotor assistente Ben Dillon. Crimo foi formalmente acusado de sete homicídios em primeiro grau e teve negada a liberdade sob fiança. Durante a declaração ao magistrado, o atirador — com cabelo comprido e tatuagens no pescoço e rosto — se manteve apático o tempo todo.
Uma nova audiência ante outro juiz do Tribunal de Waukegan está agendada para daqui a exatamente três semanas. Se a Corte considerar Crimo culpado, ele será sentenciado à prisão perpétua, sem possibilidade de liberdade condicional.
Morador de Highland Park, Miles Zaremski, 73 anos, estava na parada de 4 de julho. Ele contou ao Correio que não viu o atirador, mas testemunhou a carnificina. "Ouvi os tiros e vi pelo menos três mortos, em meio a poças de sangue. Um garoto parecia muito pálido, estava nos braços de seus pais, que gritavam por um médico. Senti o estômago embrulhar ao ver pessoas sangrando, após serem atingidas pelas rajadas de uma arma de guerra que não pertence às ruas dos EUA ou do Brasil", desabafou.
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