No sábado (25/06), um tiroteio perto de um bar gay em Oslo, na Noruega, matou duas pessoas e deixou outras 21 feridas. O suposto autor do ataque é um norueguês de origem iraniana. A polícia norueguesa investiga o caso como "ataque terrorista". Ao portal g1, o brasileiro Rodrigo Blum-Jansen, que estava no bar London Pub no momento do tiroteio, disse que os frequentadores do local passaram 30 minutos escondidos no porão.
"Para mim, o bar gay é muito mais do que um lugar de diversão. É o único lugar que eu posso ir e me sentir 100% eu mesmo, e isso para mim é um ato político. É como se estivesse em uma festa em casa, e alguém que não gosta desta festa veio e apagou as luzes", relatou.
Ainda de acordo com Rodrigo, os tiroteios ocorridos foram difíceis de acreditar, pois "a cidade é tão tranquila que jamais pensaria que seriam tiros". "De repente, veio uma onda de pessoas na nossa direção, empurrando e gritando que estavam atirando. Esta é uma frase que jamais ouvimos aqui", disse.
A marcha do Orgulho LGBTQIA+, que estava marcada para a tarde daquele sábado em Oslo, teve que ser cancelada. No domingo (26/06), o altar da Catedral de Oslo foi decorado com flores e bandeiras com cores do arco-íris, em homenagem às vítimas. "Balas não podem matar o amor", declarou o chefe da igreja protestante norueguesa, Olav Fykse Tveit.
O homem de 42 anos foi preso por suspeita de homicídio, tentativa de homicídio e ato terrorista. A polícia de Oslo disse que ele é conhecido dos serviços de inteligência internos, e apesar de não saberem ainda as causas do ataque, a suspeita é que se trata de um crime de ódio.