VIAGEM

Ministro Barroso, do STF, tem malas desviadas pela TAP

"Como gosto sempre de olhar para o lado construtivo da vida, renovei meu guarda-roupa em Londres às expensas da TAP", contou ao abrir o Fórum Jurídico na Universidade de Lisboa

Vicente Nunes - Correspondente
postado em 27/06/2022 15:06 / atualizado em 27/06/2022 17:05
 (crédito: Antonio Augusto/secom/TSE)
(crédito: Antonio Augusto/secom/TSE)

Lisboa, Portugal — O ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal, está em busca de suas malas de viagem desde a última sexta-feira (24/6). As bagagens foram extraviadas pela TAP, empresa aérea portuguesa, no aeroporto de Heathrow, na Inglaterra. Ele participou de um debate sobre o Brasil na Universidade de Oxford. “Como gosto sempre de olhar para o lado construtivo da vida, renovei meu guarda-roupa em Londres, às expensas da TAP”, contou ao abrir o Fórum Jurídico na Universidade de Lisboa.

Bem-humorado, Barroso afirmou que, ao se dar conta de que suas malas não haviam chegado ao destino, foi se informar e viu “cenas de subdesenvolvimento explícito”, tirando risos da plateia. Ele disse, ainda que, na mesma viagem, apareceu um homem que o abordou para lhe dizer que havia viajado 10 horas somente para falar: “Eu te odeio”. Novamente o ministro provocou risadas entre os ouvintes ao ressaltar que “era bom, nesta altura da vida, ainda despertar esse tipo de paixão”.

Barroso tem sido um dos alvos preferenciais de apoiadores do presidente Jair Bolsonaro. No sábado (25/06), na Universidade de Oxford, uma mulher interrompeu a palestra dele para chamá-lo de mentiroso. Ao classificar como “abominável retrocesso” a volta do voto impresso defendido por Bolsonaro e ressaltar que, quando presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), teve de “oferecer resistências aos ataques contra a democracia”, a mulher o atacou dizendo: “Isso é mentira”. Na mesma palestra, um homem levantou suspeitas sobre a conduta de Barroso e do atual presidente do TSE, Edson Fachin. Depois dessas interrupções, o ministro afirmou que o Brasil “vive um déficit de civilidade”.

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