Com relações rompidas desde 2019, Bogotá e Caracas ensaiam uma aproximação três dias após a eleição do esquerdista Gustavo Petro como presidente da Colômbia. Ontem, o ex-guerrilheiro e o presidente venezuelano, Nicolás Maduro, conversaram sobre a propensão de restabelecer as conexões entre os dois países.
"Conversei com o presidente eleito da Colômbia, Gustavo Petro, e em nome do povo venezuelano, o parabenizei por sua vitória. Conversamos sobre a disposição de restabelecer a normalidade nas fronteiras, diversos temas sobre a Paz e o futuro próspero de ambos os povos", tuitou Maduro.
Petro, que durante a campanha anunciou que normalizaria as relações com Maduro, escreveu na mesma rede social sobre o tema. O futuro presidente colombiano destacou ter se comunicado "com o governo venezuelano para abrir as fronteiras e restabelecer o pleno exercício dos direitos humanos na fronteira".
"Normalizar as relações não acontece da noite para o dia. É um processo que deve começar, antes de mais nada, a partir do bem-estar das pessoas, iniciando pela fronteira", disse Petro à Caracol Televisión.
A Venezuela rompeu relações diplomáticas com a Colômbia depois que o governo de Iván Duque denunciou reconheceu o opositor Juan Guaidó como presidente encarregado do país.
A fronteira Colômbia-Venezuela já foi a mais movimentada da América Latina. Desde o fechamento, proliferou o uso de trilhas clandestinas pelos mais de 2.200 quilômetros que separam os dois países. No fim do ano passado, o trânsitos de pedestres e o fluvial foram parcialmente retomados. A passagem de veículos e mercadorias continua interrompida na cidade colombiana de Cúcuta, onde estão localizadas as principais pontes fronteiriças. "As fronteiras não estão fechadas, as fronteiras estão abertas", disse Duque ao ser questionado sobre o anúncio de seu sucessor.
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