O presidente venezuelano, Nicolás Maduro, informou, nesta quarta-feira (22), ter conversado com o presidente eleito da Colômbia, Gustavo Petro, sobre a "disposição de restabelecer a normalidade nas fronteiras", afetada desde 2015.
"Conversei com o presidente eleito da Colômbia, Gustavo Petro, e em nome do povo venezuelano, o parabenizei por sua vitória. Conversamos sobre a disposição de restabelecer a normalidade nas fronteiras, diversos temas sobre a Paz e o futuro próspero de ambos os povos", tuitou Maduro.
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A Venezuela rompeu relações diplomáticas com a Colômbia em 2019 depois que o governo do atual governante, Iván Duque, denunciou a reeleição de Maduro um ano antes como fraudulenta e reconheceu o opositor Juan Guaidó como presidente encarregado do país.
Petro, que durante a campanha anunciou que normalizaria as relações com Maduro, escreveu mais cedo no Twitter que se comunicou "com o governo venezuelano para abrir as fronteiras e restabelecer o pleno exercício dos direitos humanos na fronteira".
A fronteira Colômbia-Venezuela, que era a mais movimentada da América Latina, fechou em 2019 após o rompimento das relações, embora a passagem de veículos já estivesse restrita desde 2015. Desde então, o uso das chamadas "trilhas", passagens clandestinas na porosa fronteira de mais de 2.200 quilômetros, proliferou entre os habitantes dos dois países.
Os trânsitos de pedestres e o fluvial foram parcialmente retomados no final de 2021. A passagem de veículos e mercadorias continua fechada na cidade colombiana de Cúcuta, onde estão localizadas as principais pontes fronteiriças.
Não foram oferecidos mais detalhes da conversa entre Maduro e Petro, o primeiro esquerdista a chegar à presidência da Colômbia, posto que irá assumir em 7 de agosto.
A fronteira também foi palco de múltiplos ataques de grupos armados irregulares contra as forças públicas colombianas e venezuelanas e de um ataque com rajadas de fuzil contra um helicóptero em que Duque viajava.
Duque tem acusado repetidamente Maduro de abrigar guerrilheiros colombianos e traficantes de drogas em seu território, o que Caracas nega, enquanto acusa o governo do presidente em fim de mandato de enviar paramilitares para desestabilizar e incentivar planos de assassinato na Venezuela.
A Colômbia abriga dois milhões dos seis milhões de venezuelanos que migraram devido à crise em seu país.
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