O Programa Mundial de Alimentos da ONU (PAM) advertiu, neste domingo (19), que será obrigado a racionar a ajuda aos refugiados da África Oriental e Ocidental, por falta de financiamento adequado e apesar das necessidades crescentes.
De acordo com esta agência da ONU, 75% dos refugiados apoiados pelo PAM na África Oriental viram suas porções reduzidas em até 50%. Os mais afetados são os que se encontram em Uganda, Etiópia, Quênia e Sudão do Sul.
"Somos obrigados a tomar a dolorosa decisão de reduzir as rações de alimentos para os refugiados que dependem de nós", lamentou o diretor-executivo do PMA, David Beasley.
Na África Ocidental, especialmente Burkina Faso, Camarões, Chade, Mali, Mauritânia e Níger, o PAM reduziu "de maneira significativa" as rações. E as interrupções são iminentes em vários outros países, alerta Beasley.
Na terça-feira passada (14), o PMA disse que precisa urgentemente de US$ 426 milhões para os próximos seis meses para evitar a fome no Sudão do Sul, onde mais de dois terços da população precisa de ajuda humanitária. Pelo menos 8,3 milhões de pessoas, incluindo refugiados, enfrentam um quadro de "fome aguda grave" este ano.
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