Em meio aos temores de que o ditador da Coreia do Norte, Kim Jong-un, ordene novo teste nuclear, dias depois do lançamento de mísseis de Pyongyang, Seul e Washington enviaram uma mensagem de força para o regime comunista. Os dois aliados enviaram aviões de guerra, incluindo caças, para um sobrevoo sobre águas próximas da Península Coreana.
De acordo com o Estado-Maior Conjunto da Coreia do Sul, 16 aeronaves de combate sul-coreanas, incluindo caças F-35 e quatro caças F-16, integraram um esquadrão de ataque sobre o Mar Amarelo para "responder à ameaça inimiga". Na segunda-feira, os EUA e a Coreia do Sul dispararam oito mísseis terra-terra em direção ao Mar do Leste, em resposta ao lançamento de oito artefatos balísticos de curta distância a partir de quatro pontos diferentes no intervalo de 30 minutos, por Pyongyang, no domingo.
As autoridades americanas e sul-coreanas alertam, há semanas, que o regime de Kim se prepara para executar um novo teste nuclear. A subsecretária de Estado americana, Wendy Sherman, afirmou, durante visita de três dias a Seul, que uma resposta "rápida e contundente" será apresentada, caso Pyongyang decida seguir adiante com o que seria o sétimo teste do tipo.
"Qualquer teste nuclear será uma completa violação das resoluções do Conselho de Segurança da ONU. (...) O mundo inteiro reagirá de maneira forte e clara", advertiu. Wendy Sherman destacou que o governo dos Estados Unidos ainda está disposto a dialogar com a Coreia do Norte, pois "não tem nenhuma intenção hostil a respeito de Pyongyang".
As manobras aéreas de ontem foram a terceira demonstração de força dos aliados desde a posse do novo presidente sul-coreano, Yoon Suk-yeol, que prometeu uma postura mais dura com Pyongyang. Os EUA e a Coreia do Sul também realizaram um exercício naval, perto da Península, envolvendo um porta-aviões nuclear dos EUA na última semana.
Preparativos
A Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) declarou que detectou indícios de preparativos para um teste nuclear em um local chamado de Punngye-ri. Entre os sinais, estaria a reabertura de uma das galerias de túneis, revelou a agência de notícias sul-coreana Yonhap.
"Se a Coreia do Norte por acaso fizer um teste nuclear, não teremos nenhuma opção que não seja considerar sanções adicionais contra Pyongyang, em coordenação com os EUA e a comunidade internacional", declarou o vice-ministro das Relações Exteriores da Coreia do Sul, Cho Hyun-dong.
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