O homem que abriu fogo no domingo em uma igreja da Califórnia, deixando um morto e cinco feridos, é um americano de origem chinesa, com ódio da comunidade taiwanesa, declarou a polícia nesta segunda-feira (16/5).
As cinco vítimas do tiroteio, que se encontravam na igreja de Laguna Woods após um almoço e um serviço religioso, eram originárias de Taiwan.
Dominado pelo pastor e fiéis enquanto recarregava a sua arma, o atirador foi identificado pelos policiais como David Chou, de 68 anos.
Segundo o xerife do condado de Orange, Don Barnes, é um cidadão de origem chinesa que reside nos Estados Unidos "há muitos anos" e trabalha como vigilante na região de Las Vegas.
O sexagenário, que preparou o ataque e estava equipado com carregadores de reserva e coquetéis molotov, agiu por razões "políticas e motivadas pelo ódio", assinalou o xerife durante coletiva de imprensa.
Citando "notas" encontradas por investigadores no carro do suspeito, Barnes falou sobre as "queixas que o indivíduo tinha contra a comunidade taiwanesa em seu conjunto". Até o momento, não há indícios de que ele mantinha vínculos específicos com a igreja ou que tivesse algum indivíduo em particular como alvo.
"De acordo com o que descobrimos, acreditamos que seu alvo específico era a comunidade taiwanesa, e esta igreja presbiteriana taiwanesa é uma representação desta comunidade", explicou o xerife.
O homem assassinado pelo suspeito era um médico de 52 anos, John Cheng, que faleceu depois de investir contra o agressor para tentar desarmá-lo, dando tempo para que outras pessoas conseguissem imobilizá-lo, amarrando-o com uma extensão elétrica.
Nesse sentido, Barnes qualificou o Dr. Chen de "herói", sem o qual "haveria sem dúvida outras vítimas".
O suspeito foi detido e sua fiança foi estabelecida em um milhão de dólares.
As tensões políticas e diplomáticas são fortes entre Pequim e Taipei: o regime comunista considera a ilha de Taiwan como uma província rebelde que deve retornar ao seu controle, mediante o uso da força se necessário.