O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, assegurou que "a inflação é sua principal prioridade nacional", no momento em que o aumento dos preços pesa nos orçamentos das famílias e em sua popularidade. "Quero que cada norte-americano saiba que levo a inflação muito a sério", declarou.
Biden disse que algumas das "raízes da inflação" estão "fora de (seu) controle", como a pandemia de covid-19 ou os efeitos da guerra da Rússia contra a Ucrânia. "É por isso que vemos uma inflação histórica no mundo inteiro", insistiu, ao destacar que não se trata de um problema exclusivo dos EUA. Segundo o democrata, em março, 69% da inflação nos EUA originava-se do aumento da gasolina provocado pelo conflito na Ucrânia.
A mensagem do presidente chega em um momento em que os preços da gasolina — fator sensível na economia dos americanos — alcançaram recorde ontem, véspera do anúncio do índice da inflação de abril. Os economistas esperam uma inflação menos forte no mês passado, depois de bater um recorde em 40 anos em março.
Em março, a inflação alcançou 8,5% em 12 meses nos Estados Unidos, segundo o índice CPI sobre o qual as aposentadorias estão indexadas. A disparada dos preços da gasolina e da alimentação provocada pela guerra na Ucrânia contribui para o aumento generalizado. Sem estes dois itens mais voláteis, a inflação subjacente alcança igualmente 6,5%, e se mantém em níveis máximos em 40 anos.
Enquanto isso, no mesmo mês, o índice PCE subjacente foi de 5,2% em um ano, e de 6,6% se forem considerados todos os preços. O Federal Reserve (Fed, banco central americano), que fixa a política das taxas de juros, se baseia no PCE. Os republicanos lembram que a inflação começou a subir muito antes da guerra na Ucrânia.