Pela primeira vez, a função de porta-voz da Casa Branca será ocupada por uma mulher negra e abertamente lésbica. Ontem, o presidente dos EUA, Joe Biden, anunciou a nomeação de Karine Jean-Pierre, 44 anos, para o posto. Ela substituirá Jen Psaki, de quem atuou como vice, a partir de 13 de maio, de acordo com um comunicado da Casa Branca. Biden se disse "orgulhoso" da nomeação e elogiou "a experiência, o talento e a honestidade" da futura porta-voz.
"Ela será a primeira mulher negra e a primeira pessoa abertamente LGBTQIAP a ocupar o cargo", tuitou Psaki, que havia adiantado desde o início que deixaria o posto durante o mandato. "Ela dará voz a muitos, mas também fará muitos sonharem grande", acrescentou. De acordo com a imprensa americana, Psaki se juntará ao canal MSNBC, de orientação progressista.
Também por meio do Twitter, Karine Jean-Pierre agradeceu Biden pela oportunidade. "É uma verdadeira honra. Estou ansiosa em servir a esta administração e ao povo norte-americano. Tenho sapatos grandes para calçar. A porta-voz (Jen Psaki) tem sido uma grande amiga, mentora e excelente assessora de imprensa", declarou Karine.
Jean-Pierre compartilha sua vida com uma jornalista da CNN, com quem tem uma filha. Nascida na Martinica de pais haitianos que depois emigraram para os Estados Unidos, ela trabalhou nas duas campanhas de Barack Obama (2008 e 2012) e na de Joe Biden em 2020, antes de se juntar à sua equipe na Casa Branca. Graduada pela Universidade de Columbia, Jean-Pierre explicou muitas vezes como o caminho de sua família, emblemático do "sonho americano", foi decisivo para sua carreira. Cresceu em Nova York, onde seu pai trabalhava como motorista de táxi e sua mãe como cuidadora domiciliar.