Um simpatizante do Estado Islâmico planejava assassinar o ex-presidente dos EUA George W. Bush, mas o plano foi descoberto pelo FBI (polícia federal americana), segundo autoridades dos Estados Unidos.
O suspeito, um residente de Ohio, supostamente tentou levar agentes iraquianos para os EUA, atravessando a fronteira do México, para a operação.
Ele agora está sob custódia e compareceu a um tribunal federal em Ohio na terça-feira (24/5). O FBI usou informantes e vigilância eletrônica para desbaratar o plano.
De acordo com documentos judiciais, o suspeito — identificado como Shihab Ahmed Shihab, de 52 anos — é um cidadão iraquiano que está nos EUA desde 2020 e tinha um pedido de asilo pendente.
O FBI afirma que Shihab disse a uma fonte confidencial, um suposto traficante de pessoas, que ele pertencia a um grupo conhecido como Al-Raed — que significa "trovão" em árabe — com sede no Catar.
Em conversas com a fonte do FBI, Shihab disse que desejava assassinar Bush por "matar muitos iraquianos" e "destruir" o Iraque.
Ele acrescentou que esperava participar da operação pessoalmente "e não se importava se morresse, pois teria orgulho de estar envolvido".
Shihab supostamente estava procurando distintivos policiais falsos e estava perguntando se os militantes poderiam atravessar ilegalmente a fronteira mexicana para conduzir a operação e depois voltar ilegalmente para fugir.
Duas pessoas que ele esperava trazer para os EUA foram descritas como ex-agentes de inteligência iraquianos com experiência em operações de assassinato.
Shihab também estava supostamente em contato com uma segunda fonte do FBI que alegou ser cliente do falso contrabandista. Ambos os informantes registraram reuniões com ele.
Shihab teria dito às fontes que esperava usar o serviço de contrabando de pessoas para trazer membros do Estado Islâmico para os EUA, embora não seja acusado de ser membro do grupo terrorista.
Em determinado momento, Shihab e um dos informantes foram até Dallas para gravar um vídeo da residência de Bush e do Instituto George W. Bush.
Em março de 2022, ele supostamente realizou uma reunião em um quarto de hotel em Columbus, no Estado de Ohio, para examinar armas e uniformes falsos de policiais.
Ele agora pode pegar 10 anos de prisão por tentar trazer alguém ilegalmente para os EUA, e outros 20 anos por ser cúmplice da tentativa de assassinato de uma ex-autoridade dos EUA.
Um porta-voz de Bush disse que o ex-presidente "tem toda a confiança do mundo no Serviço Secreto dos EUA e em nossas comunidades policiais e de inteligência".
A BBC entrou em contato com o FBI, mas não obteve retorno.
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