O governo russo informou que assumiu, neste sábado (21/5), o controle total da cidade portuária de Mariupol, no sudeste da Ucrânia, após a rendição das últimas forças ucranianas restantes no local. Segundo o Ministério da Defesa da Rússia, um grupo final de 531 combatentes foi evacuado de bunkers sob a siderúrgica Azovstal para um território controlado pelos russos, elevando o número total de prisioneiros retirados da usina para 2.439.
"As instalações subterrâneas da empresa, onde os militantes estavam escondidos, ficaram sob controle total das forças armadas russas", disse o ministério.
A resistência na fábrica de Azovstal tinha significado mais simbólico do que estratégico. As forças russas controlam há semanas um corredor terrestre que liga a Península da Crimeia, anexada pela Rússia em 2014, à região leste de Donbas, também controlada por Moscou desde 2014.
Em Donbas, as forças russas lançaram uma grande ofensiva neste sábado em Severodonetsk, território remanescente controlado pela Ucrânia na província oriental de Luhansk, segundo autoridades ucranianas. A ação visava expandir a área já sob controle de um governo separatista apoiado pela Rússia que se autodenomina República Popular de Luhansk.
Autoridades disseram que as forças russas mantiveram controle do lado leste do rio Inhulets, após esforços para destruir uma ponte e impedir avanços dos ucranianos. Capturar as províncias de Luhansk e Donetsk, na porção industrial da região de Donbass, permitiria a Moscou reivindicar uma vitória.
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Falando da área de Donetsk controlada pela Rússia, Leonid Slutsky, chefe do comitê de assuntos internacionais da Câmara de Deputados russa, disse neste sábado esperar que as repúblicas populares de Luhansk e Donetsk determinem seus futuros políticos como fez a Crimeia nos próximos meses.
Em entrevista ao The Wall Street Journal no início da semana, o major-general Kyrylo Budanov, um dos arquitetos do esforço de guerra da Ucrânia, disse que a Ucrânia precisa urgentemente de mísseis de médio e longo alcance, artilharia de grande calibre e atacar aeronaves para compensar as vantagens russas em mão de obra e equipamentos.
Na Rússia, o chefe da agência espacial do país, Roscosmos, informou que começará a entregar novos mísseis balísticos intercontinentais Sarmat às forças armadas russas no outono, com potencial para atingir alvos em qualquer lugar do mundo.
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