Enquanto muitos no mundo simplesmente se mudariam e venderiam a casa, um australiano (bem raiz) prova que atingiu um novo nível de abstração ao decidir ter uma aranha livre dentro de casa como um “pet”. Jake Gray cria uma Aranha-Caçadora para evitar pragas de baratas dentro do lar, e o animalzinho já tem até nome: Charlotte.
O caso não é novo e ganhou as redes sociais ainda em 2020, antes da pandemia, quando Gray postou a imagem do “bichinho” no Australian spider identification page, um grupo do Facebook na Austrália que se dedica a compartilhar fotos de aranhas que aparecem nas casas das pessoas.
O post de Gray logo se tornou popular no grupo de quase 73 mil pessoas, e alguns até cogitaram a possibilidade da situação ser uma fake news, ou até mesmo um exagero do homem. No começo deste ano, contudo, Gray falou com o portal norte-americano IFL Science para confirmar a “adoção” da aranha e dar mais detalhes sobre o caso.
“As Aranhas-Caçadoras sempre foram aceitas em nossa casa, especialmente porque elas comem as baratas, e nós escolhemos não usar produtos químicos para matar nenhum tipo de peste”, contou Gray.
Segundo detalha o australiano, a ideia de dar um nome para a aranha e tratá-la como um “pet” ocorreu para tentar acalmar os dois filhos em relação ao aracnídeo. “A última vez que a gente viu a Charlotte já fazia uns 12 meses, e agora ela parece ter crescido”, conta o homem.
Gray ainda contou que assistir Charlotte devorar uma Asian House Gecko (uma versão australiana da popular lagartixa brasileira) foi o “ponto alto” da relação com a aranha.
Saiba Mais
Os riscos e cuidados da Aranha-Caçadora
Ao portal IFL Science, a ecologista e especialistas em aranhas, Linda S. Rayor explicou que as Aranhas-Caçadoras geralmente não atacam humanos e detalha o que fazer caso se encontre uma (spoiler: não é criar igual a um pet).
“Se você encontrar com a espécie, precisa fazer duas coisas. A primeira é se controlar, ela não vai te fazer mal. A segunda é pegar uma vasilha e tirar a aranha de volta à natureza. Elas raramente mordem humanos, porque preferem correr para evitar predadores. E mesmo quando elas picam, a maioria das mordidas são beliscões defensivos e rápidos, sem injetar veneno", explica.
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