União Europeia articula embargo ao petróleo da Rússia

Correio Braziliense
postado em 05/05/2022 06:00

A União Europeia (UE) deseja aplicar um embargo progressivo sobre o petróleo e derivados comprados da Rússia, em resposta à guerra na Ucrânia, afirmou a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, ao apresentar o sexto pacote de sanções contra Moscou. De acordo com a política alemã, a medida envia uma mensagem aos promotores da guerra: "Nós sabemos quem são e vamos responsabilizá-los". "Vamos renunciar progressivamente ao fornecimento russo de petróleo em um período de seis meses e de produtos derivados do petróleo até o fim do ano", afirmou von der Leyen, em discurso no Parlamento Europeu de Estrasburgo.

Ela reconheceu que a tarefa "não será fácil". "Alguns Estados dependem em grande medida do petróleo russo. Mas temos que trabalhar na questão", disse. A intenção da União Europeia é que a proibição inclua todo o produto "transportado por mar e por oleodutos, bruto e refinado". Fontes diplomáticas em Bruxelas confirmaram à agência France-Presse que a proposta foi distribuída aos países pouco antes da zero hora de ontem.

O pacote precisa ser aprovado por unanimidade pelos Estados-membros para que possa ser implementado. A Ucrânia chamou de "cúmplices" dos crimes cometidos pelas forças russas aqueles países da UE que não aderirem ao embargo. "Se algum país da Europa segue se opondo ao embargo sobre o petróleo russo, haverá boas razões para dizer que  é cúmplice dos crimes perpetrados pela Rússia no território da Ucrânia", afirmou o chanceler ucraniano, Dymitro Kuleba, em vídeo no Twitter, pouco depois de a Hungria ter dito que se opõe a esse embargo "eu sua forma atual".

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, declarou que está "aberto" a impor mais sanções à Rússia. Biden anunciou que discutirá a possibilidade com os aliados do grupo G7 — os países mais industrializados do mundo. "Sempre estamos abertos a sanções extras", disse Biden. "Falarei com os membros do G7 nesta semana sobre o que vamos fazer ou não", afirmou o chefe da Casa Branca.

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