Kiev, Ucrânia - A presidente da Câmara de Representantes dos Estados Unidos, Nancy Pelosi, expressou apoio "inequívoco" do seu país à Ucrânia contra a agressão russa, um dia depois de uma visita surpresa a Kiev, que foi revelada neste domingo (1º/05) por fontes dos governos dos dois países.
"Nossa delegação teve a oportunidade solene e a grande honra de se encontrar ontem (sábado) com o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky", disse Pelosi neste domingo durante uma entrevista coletiva em Rzeszow, no sudeste da Polônia.
"Obrigado aos Estados Unidos por ajudar a proteger a soberania e a integridade territorial de nosso Estado", tuitou Zelensky em uma mensagem que inclui um vídeo que o mostra, ao lado de guardas armados, no momento em que recebeu Pelosi e uma delegação do Congresso na entrada da sede da presidência em Kiev, e depois em uma reunião com os americanos.
Para Pelosi, a visita a Kiev permitiu compreender melhor "o que deve ser feito" para ajudar a Ucrânia.
"Já estamos legislando as iniciativas que o presidente (Joe) Biden apresentou", declarou na Polônia.
Biden pediu na quinta-feira ao Congresso 33 bilhões de dólares adicionais para a Ucrânia, dos quais US$ 20 bilhões serão destinados a armameto, quase sete vezes mais do que a quantidade de armas e munições já fornecidas à Ucrânia desde o início da invasão russa em 24 de fevereiro.
"Nossa delegação viajou a Kiev para enviar uma mensagem inequívoca e veemente ao mundo: Estados Unidos estão com a Ucrânia", afirma um comunicado divulgado pelos congressistas americanos.
Zelensky celebrou os "sinais muito importantes" apresentados pelos Estados Unidos e Biden, incluindo um programa para a Ucrânia, similar ao criado durante a Segunda Guerra Mundial, para fornecer aos países aliados material de guerra sem uma intervenção direta no conflito.
"Estes são os recentes e importantes passos adiante no apoio militar e financeiro à Ucrânia (...) somos gratos por isto", indicou Zelensky em um comunicado da presidência ucraniana.
A visita acontece uma semana depois da viagem a Kiev do chefe da diplomacia dos Estados Unidos, Antony Blinken, e do secretário de Defesa, Lloyd Austin.
Durante a visita, os dois anunciaram o retorno progressivo da presença diplomática de Washington em Kiev e uma ajuda adiciona, direta e indireta, de mais de 700 milhões de dólares.
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