Por volta das 3h do dia 21 de abril de 1926, nascia a primeira filha do príncipe Albert, duque de York (o futuro George VI), e da esposa, lady Elizabeth: Elizabeth Alexandra Mary. Ninguém imaginava, na época, que ela se tornaria a personalidade britânica mais conhecida do século. Terceira na linha de sucessão, Elizabeth assumiu o trono em 6 de fevereiro de 1952 após abdicação do tio Eduardo 8º, em 1936, e a morte do pai, o rei George VI.
Completando 96 anos nesta quinta-feira (21/4), a monarca presenciou vários momentos históricos dos séculos XX e XXI, entre eles a Segunda Guerra Mundial, a corrida espacial e a chegada do homem à lua, a criação e a queda do muro de Berlim, invasão ao Iraque — então governado por Saddam Hussein — e a pandemia de covid-19.
O Correio separou cinco fatos sobre a Rainha Elizabeth II que talvez você não saiba. Confira:
Nascimento que não foi premeditado para o reinado
O fato de não ter nascido para ser uma rainha se reflete no nascimento da atual monarca, sem a pompa que envolve, normalmente, o herdeiro da coroa britânica. A casa em que Elizabeth II nasceu, por exemplo, era uma construção comum na rua Bruton Street, número 17, em Mayfair, um bairro nobre de Londres. O local não existe mais e, ainda hoje, existem diversas teorias sobre a demolição.
Apesar da grande linha de sucessão, rainha tem família pequena
A monarca tem quatro filhos (Charles, Andrew, Anne e Edward), oito netos (Peter Phillips, Zara Tindall, Willian, Harry, Beatrice, Eugenie, Louise Windsor e James) e nove bisnetos (George, Charlotte, Louis, Savannah, Isla, Mia, Lena, Archie e Lilibet). A monarca é a filha mais velha do rei George VI e teve uma única irmã, Margaret Rose, que morreu em 2002 aos 71 anos de idade.
Estudos em casa ao lado da irmã
Ao contrário dos netos e bisnetos, que frequentaram a escola, a rainha Elizabeth foi educada em casa, ao lado da irmã, Margareth. A rainha-mãe Elizabeth e a governanta Marion Crawford foram as principais responsáveis pelas aulas. Elas aprendiam, principalmente, história, língua inglesa, literatura e música. Em uma biografia, foi descrita pela prima Margaret Rhodes como “uma garotinha alegre, mas fundamentalmente sensata e bem-comportada”.
Atuação durante a guerra
Quando a Grã-Bretanha entrou na II Guerra Mundial, em setembro de 1939, houve a sugestão de que as princesas saíssem de Londres e fossem levadas a um local seguro, no Canadá. Entretanto, elas permaneceram por ordem da mãe, que não queria separar-se das meninas — nem do rei.
Durante os anos de conflito, fez aparições em programas de rádio dirigindo-se a outras crianças evacuadas de casa e se alistou nas Forças Armadas, onde treinou como motorista e mecânica e recebeu o posto de comandante júnior honorário (equivalente feminino a capitão). No fim da guerra, ela e Margareth saíram para comemorar, sem se identificar, em meio à multidão nas ruas de Londres.
Ícone da cultura pop
Ao longo dos anos, a rainha Elizabeth e a família real britânica se tornaram um ícone da cultura pop de massa ao redor do mundo. Prova disso são os inúmeros documentários, séries, livros, filmes e músicas dedicados à monarca. Como exemplo, mais recentemente, a série The Crown se tornou um grande sucesso ao abordar a vida de Elizabeth desde os anos 1940 até os dias atuais. Há também o filme A rainha (2006), que narra a morte da princesa Diana sob o ponto de vista da monarca, e o documentário The Royals (2013), divido em seis episódios com a história recente da família real.