Estocolmo, Suécia- Os protestos, desencadeados pelo projeto de um grupo de extrema-direita de queimar publicamente o Corão na Suécia, deixaram dezenas de feridos nos últimos dias, segundo a polícia nesta segunda-feira (18/4), que pediu mais recursos para combater a violência.
Desde quinta-feira, os protestos violentos deixaram concretamente 26 policiais e 14 civis feridos, informou a polícia em coletiva de imprensa nesta segunda-feira.
As manifestações foram desencadeadas pela presença na Suécia do cidadão sueco-dinamarquês Rasmus Paludan, líder do movimento contra a imigração e anti-Islã "Linha Dura".
Paludan, condenado na Dinamarca por "insultos racistas", tem a intenção de comparecer aos comícios de setembro, mas ainda precisa das assinaturas necessárias para garantir sua candidatura.
Ele costuma organizar encontros em bairros de população muçulmana para queimar publicamente cópias do Corão, o livro sagrado do Islã.
Nos últimos dias, houve protestos contra este grupo de extrema-direita.
A polícia afirmou que ao menos 26 pessoas foram detidas após os confrontos de domingo com as forças de segurança.
"A noite estava tranquila após os distúrbios de ontem em Navestad (na cidade de Norrkoping, no centro)", um bairro com muitos muçulmanos, disse o corpo armado em um comunicado.
"A polícia prendeu oito pessoas por suspeita de distúrbios violentos", acrescentou.
Na cidade vizinha de Linkoping, onde também houve protestos, 18 pessoas foram detidas, segundo a polícia.
As duas cidades sofreram confrontos violentos no domingo, pela segunda vez em quatro dias. Durante os protestos, os manifestantes lançaram pedras contra a polícia e queimaram carros.
No domingo, os protestos voltaram após o anúncio feito por Paludan de novos comícios, apesar de ter cancelado depois.