Tese

Teólogo diz que Jesus sofreu abuso sexual e Michelle Bolsonaro reage

De acordo com a tese, momentos de nudez relatados antes da crucificação na Bíblica indicam que Jesus Cristo foi violentado sexualmente

Uma reportagem publicada pela Folha de S. Paulo, neste fim de semana, expôs uma tese de que Jesus Cristo foi abusado sexualmente antes de ser crucificado. A tese é defendida pelo professor de teologia e questões públicas da Universidade de Otago, na Nova Zelândia, o anglicano David Tombs. 

Prestes a lançar um livro sobre o tema e com artigos publicados, ele defende que os relatos de nudez de Jesus Cristo na bíblia, durante a crucificação, apontam que ele foi abusado sexualmente. Ele destaca uma passagem em especial: 

No Evangelho de Marcos é relatado que uma coorte (uma unidade militar de cerca de 500 solados) assistiram Jesus se despir enquanto ele era espancado.

"Então, Pilatos, querendo satisfazer a multidão, soltou-lhes Barrabás, e, açoitado Jesus, o entregou para que fosse crucificado. E os soldados o levaram para dentro do palácio, à sala da audiência, e convocaram toda a coorte. E vestiram-no de púrpura e, tecendo uma coroa de espinhos, lha puseram na cabeça. E começaram a saudá-lo, dizendo: Salve, Rei dos judeus! E feriram-no na cabeça com uma cana, e cuspiram nele, e, postos de joelhos, o adoravam. E, havendo-o escarnecido, despiram-lhe a púrpura, e o vestiram com as suas próprias vestes, e o levaram para fora, a fim de o crucificarem." 

De acordo com Tombs, embora haja uma resistência em entender a nudez sem consentimento como um abuso sexual, o que Jesus passou foi uma violência. "Vejo a nudez forçada de Cristo como uma forma de violência sexual", afirmou à Folha.  De acordo com a reportagem, "por séculos, as artes plásticas traduziram o desnudamento antes da execução como um aspecto lateral, que Jesus encarou serenamente ao subir à cruz que marcou o pensamento do Ocidente."

Repercussão 

Pelo Twitter, nesta segunda-feira (11/4), a primeira-dama Michelle Bolsonaro criticou a opinião do teólogo. Pela rede social, Michelle chamou a afirmação de "insanidade", "cristofobia" e "falta de escrúpulos". 

O deputado federal Carlos Jordy (PL-RJ) também usou as redes sociais para criticar a reportagem. Segundo ele, a matéria faz um "ataque frontal contra o cristianismo". 

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