Guerra

Em meio à guerra, países bálticos param de importar gás russo

A medida ocorre em um momento em que o presidente russo, Vladimir Putin, tenta beneficiar-se do poder energético de seu país

O diretor do operador de armazenamento de gás natural da Letônia informou neste sábado (2) que os países bálticos não importam mais gás natural russo. "Desde 1º de abril, o gás natural russo não flui mais para a Letônia, Estônia e Lituânia", disse Uldis Bariss, CEO da Conexus Baltic Grid, no rádio.

"Se ainda havia dúvidas sobre se poderia haver confiança nos suprimentos da Rússia, os eventos atuais nos mostram claramente que não há mais confiança", acrescentou.

Bariss também disse que o mercado do Báltico é atualmente abastecido por reservas de gás armazenadas no subsolo da Letônia. A medida ocorre em um momento em que o presidente russo, Vladimir Putin, tenta beneficiar-se do poder energético de seu país.

Diante da paralisação da economia russa devido a sanções internacionais, Putin alertou os países membros da União Europeia (UE) que teriam que abrir contas em rublos para pagar o gás russo.

Enquanto os Estados Unidos proibiram a importação de petróleo e gás russos, o bloco europeu – que recebeu cerca de 40% de seu suprimento de gás da Rússia em 2021 – manteve as entregas de Moscou.

O presidente lituano, Gitanas Nauseda, pediu ao resto da UE que siga o exemplo dos países bálticos.
"A partir deste mês, não há mais gás russo na Lituânia", escreveu no Twitter. "Anos atrás, meu país tomou decisões que hoje nos permitem romper sem dor os laços energéticos com o agressor", acrescentou. "Se podemos fazer isso, o resto da Europa também pode", concluiu.