A situação em Israel e nos Territórios Palestinos ficou ainda mais tensa ontem, com as mortes de dois palestinos em uma operação do Exército do Estado hebraico na Cisjordânia, e um terceiro que foi abatido após um ataque com faca dentro de um ônibus. A escalada da violência ocorre após um atentado na terça-feira, em Tel Aviv, em que três israelenses — dois civis e um policial — e dois ucranianos foram assassinados a tiros.
Nas primeiras horas de quinta-feira (31/3), as Forças de Defesa de Israel (IDF) efetuaram uma operação no campo palestino de Jenin, ao norte da Cisjordânia ocupada. A incursão foi uma resposta ao ataque de Tel Aviv. Desde 22 de março, atentados anti-israelenses deixaram 11 mortos e elevaram os temores de que o Estado Islâmico recrute novos adeptos na Cisjordânia e na Faixa de Gaza.
Ontem, dois jovens palestinos, de 17 e 23 anos, morreram "em ações das forças de ocupação israelenses que cumpriam uma operação na área de Jenin", informou o Ministério da Saúde palestino. Após o atentado de Tel Aviv, o Exército israelense mobilizou reforços na Cisjordânia ocupada e aumentou o número de detenções, incluindo as de familiares do ator do ataque, Dia Hamarshah, um palestino de Yaabad, localidade próxima de Jenin, que havia passado quatro anos em prisões israelenses.
As Forças Armadas de Israel confirmaram que soldados e agentes da polícia de fronteira, uma unidade paramilitar, "efetuaram uma operação em Jenin" para deter "suspeitos" vinculados ao ataque de Tel Aviv. "Durante a operação, palestinos armados abriram fogo contra as tropas, que responderam os tiros", afirma um comunicado. Um soldado ficou levemente ferido e foi levado para o hospital.
Pouco depois da operação do Exército, um palestino esfaqueou um passageiro — que ficou gravemente ferido — em um ônibus no sul da Cisjordânia ocupada, antes de ser morto por um civil armado que estava no veículo.