O presidente russo, Vladimir Putin, admitiu que o país está enfrentando "pressão sem precedentes" de sanções que o Ocidente impôs a Moscou por sua invasão da Ucrânia, mas disse que a economia russa ainda pode funcionar de maneira estável.
"A Rússia tem enfrentado recentemente uma pressão de sanções sem precedentes de países ocidentais", disse Putin em comentários televisionados. "Depois do início da operação militar especial de apoio às repúblicas populares do Donbas, essa pressão se intensificou ainda mais", afirmou.
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As nações ocidentais atingiram a Rússia com sanções econômicas em escala histórica, prejudicando seu sistema financeiro e desconectando-o do mundo, efetivamente revertendo 30 anos de engajamento pós-Guerra Fria. Os EUA e a UE bloquearam o banco central russo de vender dólares, euros e outras moedas estrangeiras em seu estoque, restringiram as importações de certas tecnologias para a Rússia e removeram alguns bancos russos da rede financeira Swift, entre outras sanções.
Putin reconheceu que a economia da Rússia sofreu um duro golpe com as sanções ocidentais no mês passado, dizendo que "nossa economia precisará de profundas mudanças estruturais nessas novas realidades". O ex-ministro das Finanças da Rússia, Alexei Kudrin, disse recentemente que o produto interno bruto da Rússia pode cair mais de 10% este ano, à medida que a economia do país sofre com o impacto das sanções. Ainda assim, Putin insistiu na segunda-feira que a economia da Rússia poderia funcionar nas atuais circunstâncias. "A economia russa tem todas as oportunidades de trabalhar de forma estável e sem falhas nas novas realidades", disse ele.
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