Após derrotar a candidata de extrema-direita Marine Le Pen no segundo turno das eleições presidenciais da França, o presidente Emmanuel Macron usou o discurso da vitória, na noite deste domingo (24/4), para pacificar a tensão entre o eleitorado francês, que viveu um grande embate entre o centrista e a rival. Em pé, em frente à Torre Eiffel, em Paris, Macron afirmou que governará para “todos e todas”.
“Não sou mais o candidato de um campo [político], mas o presidente de todos e todas”, pontuou. Ele acrescentou que “ninguém será deixado de lado” no próximo mandato de cinco anos, em uma promessa de que iria abordar e trabalhar o descontentamento dos eleitores que escolheram Le Pen ou votaram nele apenas para barrar um governo de extrema-direita.
“Porque cada um de nós conta mais do que apenas a si mesmo. Isso é o que torna o povo francês em uma força tão única, que eu amo tão intensamente e tenho muito orgulho de estar servindo novamente”, declarou.
Até o fechamento das apurações, calcula-se que o presidente terá 58% dos votos dos franceses, contra 42% da líder nacionalista Marien Le Pen, é o que diz a imprensa internacional baseada em projeções de institutos de pesquisas franceses. A vantagem entre os candidatos é menor do que Macron obteve nas eleições de 2017, quando se tornou presidente, pela primeira vez, com 66,1% dos votos.
Le Pen diz sentir esperança e afirma que resultado apertado foi “uma grande vitória”
Pouco antes de Macron se pronunciar sobre o resultado positivo obtido nas eleições, a rival do presidente, Marine Le Pen, reconheceu a derrota nas urnas, mas afirmou estar com esperança de que se abriu um caminho para um outro futuro no país.
“Não posso deixar de sentir alguma esperança. Este resultado constitui, tanto para os nossos dirigentes franceses como para os dirigentes europeus, o testemunho de uma grande desconfiança do povo francês em relação a eles, que não podem ignorar”, declarou.
Ela também afirmou que isso significa “uma grande vitória” e que não acredita que Macron fará um caminho diferente nos próximos cinco anos. “Emmanuel Macron nada fará para reparar as fraturas que dividem nosso país e que fazem nossos compatriotas sofrer”, pontua.
Ela também declarou aos cerca de 42% dos franceses que a apoiaram no pleito que não irá desistir de uma futura candidatura. “Mais do que nunca eu seguirei com meu compromisso junto à França e ao povo francês, com energia, perseverança e afeição”, finaliza.
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