Uma tentativa de retirar civis de Mariupol foi "impedida", neste sábado (23), pelas tropas russas que controlam grande parte dessa cidade do sudeste da Ucrânia - anunciou o conselheiro da prefeitura local Petro Andryushchenko.
Segundo este assessor, cerca de 200 habitantes de Mariupol foram para o ponto marcado para o embarque, mas foram "dispersos" pelos militares russos.
Alguns deles, acrescentou, foram forçados a entrar em ônibus rumo a Dokuchaievsk, uma cidade ocupada pelos russos 80 quilômetros ao norte de Mariupol.
"As pessoas não tinham o direito de sair dos ônibus", relatou, acrescentando que os russos atribuíram a mudança de itinerário "aos disparos de nacionalistas (ucranianos) na área".
"Mais uma vez, os russos impediram uma retirada", criticou Andryushchenko.
Hoje pela manhã, a vice-primeira-ministra ucraniana, Iryna Vereshchuk, anunciou que uma nova tentativa seria feita durante o dia para "retirar mulheres, crianças e idosos", transferindo-os de Mariupol para Zaporizhzhya, cerca de 200 km a noroeste.
Ela advertiu, no entanto, que as forças russas poderiam organizar um corredor paralelo de retirada, desta vez para a Rússia.
"Tenham cuidado", enfatizou.
"Não sucumbam ao engano e à provocação", insistiu.
Após quase dois meses de cerco e de bombardeios, grande parte de Mariupol, um estratégico porto industrial no Mar de Azov, foi ocupada pelas tropas russas, mas soldados ucranianos permanecem entrincheirados nos quilométricos túneis da siderúrgica Azovstal.
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