Diplomacia

ONU escolherá substituto da Rússia no Conselho de Direitos Humanos

Durante uma coletiva de imprensa, Villegas explicou que o país eleito virá do Leste Europeu, embora não tenha especificado se os candidatos já foram apresentados

Agência France-Presse
postado em 22/04/2022 15:27 / atualizado em 22/04/2022 15:29
 (crédito:  SPENCER PLATT)
(crédito: SPENCER PLATT)

Nações Unidas, Estados Unidos | A Assembleia Geral da ONU elegerá "nas próximas semanas" o substituto da Rússia, destituída no início de abril, no Conselho de Direitos Humanos, informou nesta sexta-feira (22) seu presidente, o argentino Federico Villegas.

Durante uma coletiva de imprensa, Villegas explicou que o país eleito virá do Leste Europeu, embora não tenha especificado se os candidatos já foram apresentados.

Devido à invasão da Ucrânia, a Assembleia Geral da ONU suspendeu a Rússia em 7 de abril do Conselho de Direitos Humanos, com sede em Genebra.

Moscou decidiu então liberar seu assento que tinha até 2023, assumindo assim o status de observador, o que lhe permitirá continuar tomando a palavra durante as sessões, disse Villegas.

O Conselho de Direitos Humanos (com 47 membros) é o principal fórum das Nações Unidas sobre o assunto. Entre outras tarefas, deve revisar periodicamente a situação dos direitos humanos nos países membros da ONU.

Também pode abordar quaisquer questões urgentes durante reuniões excepcionais, como foi o caso na Ucrânia, apesar da oposição de Moscou.

De acordo com diplomatas, na semana passada a Rússia sofreu, também por causa da invasão da Ucrânia, quatro derrotas em eleições para órgãos da ONU organizadas pelo Conselho Econômico e Social de 54 membros.

Moscou era candidata a cargos nos Conselhos de Administração do Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) e da ONU Mulheres, além de representação no Fórum Permanente sobre Questões Indígenas e no Comitê da ONU responsável pelas Organizações Não Governamentais.

Mas, no último minuto, novas candidaturas vieram de países do Leste Europeu, disse à AFP um diplomata que pediu anonimato, e em todos os casos a Rússia foi derrotada.

No Fórum Permanente sobre Questões Indígenas, foi a Ucrânia que conquistou a vaga.

Moscou foi deixada de fora de algumas dessas instâncias pela primeira vez.

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