Um ataque deixou ao menos dois mortos e vários feridos nesta quinta-feira (7) em Tel Aviv, onde houve cenas de caos, em um novo episódio de violência nas últimas semanas em Israel e na Cisjordânia.
O serviço de emergências israelense Magen David Adom declarou que 16 feridos tinham sido levados para hospitais locais.
"Recebemos até agora dez feridos, mas apesar do esforço dos médicos, dois morreram", informou o hospital Ichilov em um comunicado, acrescentando que quatro feridos "se encontram em estado crítico".
"Há pessoas com ferimentos graves, sobretudo no tórax, no abdômen e alguns no rosto", declarou à AFP o diretor deste centro, Ronni Gamzu.
Testemunhas disseram à AFP ter presenciado cenas de caos no centro de Tel Aviv, onde a polícia mobilizou um efetivo importante, e ter ouvido disparos.
"Há um clima de guerra com soldados e policiais por todas as partes (...), revistaram o restaurante, tem gente chorando e pessoas correndo por todas as partes", contou à AFP Binyamin Blum, funcionário de um estabelecimento perto do local onde ocorreu o ataque.
Mensagem à população
A polícia israelense pediu à população que evite sair às ruas para não virar alvo, visto que "o incidente ainda está se desenrolando".
O primeiro-ministro israelense, Naftali Bennett, acompanha os acontecimentos do quartel-geral do exército em Tel Aviv, segundo seu gabinete.
Este é o quarto ataque em pouco mais de duas semanas em Israel.
Na semana passada, um palestino da Cisjordânia ocupada, que atirou de dentro de seu veículo, matou cinco pessoas (entre eles dois ucranianos e um policial árabe-israelense) na cidade judaica ortodoxa de Bnei Brak, perto de Tel Aviv.
Alguns dias depois, dois policiais morreram em um tiroteio reivindicado pela organização jihadista Estado Islâmico em Hadera (norte).
Em 22 de março, uma pessoa vinculada ao EI matou a facadas e por atropelamento quatro israelenses - dois homens e duas mulheres - na cidade de Beersheva (sul de Israel).
O atacante foi identificado como um professor condenado em 2016 a quatro anos de prisão por planejar viajar para a Síria para combater com o EI e por fazer apologia desta organização.
A partir destes ataques, a polícia e os serviços de segurança doéstica israelenses detiveram dezenas de pessoas por sua suposta relação com o EI.
Ao menos três combatentes da Jihad Islâmica, o segundo movimento armado islamita mais importante dos Territórios Palestinos depois do Hamas, morreram na semana passada em um tiroteio relacionado a operações policiais e Jenin.
O ataque no centro de Tel Aviv ocorre enquanto forças da polícia israelenses se preparam para ativar o alerta máximo antes da primeira oração do Ramadã na Esplanada das Mesquitas em Jerusalém, nesta sexta-feira.
O Hamas mencionou nesta quinta uma "operação heroica" e a Jihad Islâmica "comemorou" um ataque que considerou uma "resposta natural" aos "crimes" de Israel, entre eles a operação em Jenin.
No ano passado ocorreram confrontos entre palestinos e policiais durante as concentrações para o Ramadã em Jerusalém oriental, setor ocupado por Israel desde 1967.
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