Cerca de 30.000 pessoas deixaram, em uma semana, a cidade ucraniana de Mariupol, sitiada pelas forças russas, afirmaram nesta quinta-feira (17/3) autoridades locais, que acrescentaram não saber o balanço de vítimas do bombardeio de ontem contra um teatro que servia de refúgio para os civis.
De acordo com uma mensagem da prefeitura publicada no Telegram, "cerca de 30.000 pessoas saíram em seus próprios meios de transporte" e "80% das residências da cidade foram destruídas".
As autoridades acrescentaram que estavam "averiguando informações sobre as vítimas" do bombardeio contra o teatro.
Embora 30.000 pessoas tenham sido evacuadas para Zaporizhzhia ou Berdiansk através de corredores humanitários, outras 350.000 permanecem naquela cidade do sudeste e "continuam se escondendo em abrigos e porões", disse a prefeitura.
Aviões russos lançam, em média, "50 a 100 bombas" na cidade todos os dias, disse a fonte. Os arredores de Mariupol são palco de combates, acrescentou.
As autoridades locais disseram desconhecer o balanço do atentado de quarta-feira contra um teatro em Mariupol, onde, segundo eles, havia "centenas de pessoas, principalmente mulheres, crianças e idosos".
"Ontem e hoje, apesar dos tiros incessantes, a remoção de escombros e as operações de resgate continuam na medida do possível", explicou a prefeitura.
O Ministério da Defesa russo negou ter bombardeado o teatro e atribuiu a explosão ao batalhão nacionalista ucraniano Azov, que já havia acusado de bombardear uma maternidade de Mariupol na semana passada.
Mais de 2.000 civis foram mortos na cidade sitiada e bombardeada por dias, segundo as autoridades locais.